A partir deste mês, São Paulo poderá retomar a exportação de carne bovina in natura à União Européia (UE). A liberação foi decidida pelo Comitê Veterinário Permanente da DG-Sanco, entidade responsável pela saúde animal daquele bloco. O impedimento à realização da venda estava em vigor desde outubro de 2005.
Mesmo sem registrar a aftosa há 12 anos, o Estado vinha sendo penalizado por casos da doença verificados há cerca de dois anos e meio em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Durante esse período, São Paulo deixou de exportar aproximadamente US$ 1,5 bilhão em carne bovina para os países integrantes da UE.
O retorno das vendas externas foi possível graças à decisão da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) que incluiu São Paulo e mais dez Estados brasileiros no status sanitário de “livre de febre aftosa com vacinação”. Essa situação estava suspensa desde os últimos registros da doença no País.
Auditagem e credenciamento – A reabertura do mercado decorre de um trabalho sanitário realizado em conjunto pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado e pelo Ministério da Agricultura. O mercado europeu, considerado bom pagador e formador de opinião, era o maior comprador da carne bovina paulista in natura até o embargo. O desafio agora é o trabalho de auditagem e certificação das propriedades de criação de bovinos incluídas na base de dados do novo Sistema de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). O credenciamento no Sisbov garante a rastreabilidade da origem de cada animal pertencente ao rebanho bovino e bubalino de uma propriedade rural, desde o nascimento até o abate. A certificação inclui o registro dos insumos utilizados na propriedade e o controle de movimentação das reses. O Sisbov contempla toda a cadeia produtiva da carne, incluindo produtores rurais, certificadoras, fábricas de elementos de identificação, frigoríficos e Escritórios Locais de Atenção Veterinária e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
O produtor interessado em aderir ao Sisbov deve escolher uma das autoridades certificadoras no site do Ministério da Agricultura e pode credenciar quantas propriedades quiser. Para isso, deve solicitar e preencher os documentos de cadastramento incluindo o inventário de animais e o termo de adesão.
Da Agência Imprensa Oficial
(M.C.)
