A capital paulista ganhará, no próximo ano, o maior e mais moderno centro de radioterapia da América Latina, que fará parte do Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, hospital estadual situado na região do Hospital das Clínicas. Terá capacidade para atender aproximadamente 6 mil pacientes por mês.
O novo centro ocupará área de 1,1 mil metros quadrados, no quarto subsolo do edifício de 29 pavimentos da Avenida Doutor Arnaldo, zona oeste da cidade. O instituto iniciou a construção de sete bunkers subterrâneos para abrigar os equipamentos que chegarão em 2009. O cuidado é necessário porque emitem radiação.
São seis aparelhos de radioterapia e um de braquiterapia (técnica pela qual o material radioativo é colocado diretamente em contato com o tecido tumoral). O investimento previsto é de R$ 50 milhões. Outras duas máquinas a serem adquiridas serão utilizadas para realização de PET/CTs (tomografia computadorizada com emissão de pósitrons), exame de diagnóstico por imagem, considerado de última geração para identificação e localização de tumores. Haverá blindagem especial para os dois equipamentos.
Também estão sendo erguidas paredes de concreto que chegam a dois metros de espessura, compostas com chapas de chumbo, na construção da chamada ‘fortaleza’. O objetivo é atenuar a incidência externa de raios X. Esses materiais pesam cerca de 4 mil quilos por metro cúbico construído e formarão o denominado cinturão de segurança. “Estamos adquirindo equipamentos ultramodernos, que possibilitam atendimento eficaz e rápido”, afirma Érico Bueno, diretor de Engenharia e Infra-Estrutura do Instituto do Câncer.
Novos tratamentos
Resultado de parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o Instituto do Câncer foi entregue em maio deste ano. É o maior hospital especializado em oncologia da América Latina, com 580 leitos. E ainda pretende ser referência internacional em ensino e pesquisa de novos tratamentos e medicamentos contra tumores. Quando estiver em pleno funcionamento, até o final de 2009, a nova unidade realizará por mês 1,5 mil internações, 33 mil consultas ambulatoriais, 1,3 mil cirurgias e 6 mil sessões de quimioterapia.
Do Instituto do Câncer de São Paulo
(M.C.)
