O Governo do Estado de São Paulo entregou nesta quarta-feira, 23, os primeiros cartões de transferência de renda do Programa São Paulo Solidário. As primeiras famílias contempladas são de Miracatu, no Vale do Ribeira, a maior cidade das 100 mapeadas com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia, deu início à entrega dos primeiros cartões, que unem recursos dos programas Renda Cidadã, do Governo do Estado, e Bolsa Família, do Governo Federal. Dos cerca de 16 milhões de brasileios que vivem na extrema pobreza, 1 milhão vive no Estado de São Paulo.
Rodrigo Garcia disse que o caminho a percorrer é longo, mas a união de esforços visa possibilitar bons resultados. “O Programa São Paulo Solidário une as ações do Governo Estadual com as ações do Governo Federal e visa a superação da extrema pobreza. Também dá apoio às famílias para que possam superar essa situação”, afirmou.
O Programa
São Paulo Solidário é uma ação do Governo do Estado em parceria com Governo Federal e municípios. O programa visa superar a extrema pobreza até 2014 e promover a mobilidade social de cerca de 1 milhão de paulistas (300 mil famílias), que vivem com renda mensal inferior a R$ 70,00 por pessoa, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para atingir seu objetivo, o São Paulo Solidário foi dividido em quatro etapas:
Busca Ativa – Localização das famílias e aplicação do questionário com a metodologia do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Para essa etapa foi aplicado o Índice de Pobreza Multidimensional que avalia as privações sociais e não apenas a renda da família.
Retrato Social – A compilação e tabulação dos dados, resultando no diagnóstico das privações.
Agenda da Família Paulista – A pactuação entre Governo e as famílias para superação das vulnerabilidades.
Transferência de Renda – Complementação de renda das famílias beneficiadas, garantindo R$ 70,00 per capita por meio do cartão único com recursos dos programas Renda Cidadã, do Governo do Estado, e Bolsa Família, do Governo Federal.
As 100 primeiras cidades incluídas no programa são os municípios com o menor IDH. Nesse primeiro grupo, 200 mil domicílios foram visitados, localizando 25 mil famílias em situação de extrema pobreza. Destas, oito mil estão fora do Cadastro Único (CadÚnico) e estavam totalmente “invisíveis” para os programas sociais. O Retrato Social identificou que, além da renda inferior a R$ 70,00, as principais privações são nas áreas de Educação, Saúde e Padrão de Vida.
Em Miracatu, maior cidade das 100 mapeadas e primeiro município a receber os cartões, foram realizadas 3,6 mil visitas domiciliares, com identificação de mais de 600 famílias com renda menor que R$ 70,00 por pessoa. Os outros 99 municípios com menor IDH devem ter os beneficiários incluídos no São Paulo Solidário ainda este ano. Em 2013 serão as 480 cidades do interior do Estado. A totalização dos 645 municípios paulistas será em 2014, com a inclusão das 65 cidades das regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Baixada Santista.
Do Portal do Governo do Estado
