Evento acontece nesta sexta-feira, dia 18
Debater a importância do seguro como instrumento de política agrícola para o desenvolvimento dos agronegócios e sugerir mudanças na atual política adotada para o segmento são os objetivos do I Fórum de Seguro Agrícola, a ser realizado no próximo dia 18 de maio, no Salão Nobre da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em São Paulo.
O evento contará com as presenças do ministro da Agricultura e do Abastecimento, Marcus Vinicius Pratini de Moraes; do ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias; do governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; do secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, além de empresários e agentes financiadores do agronegócio, produtores rurais, representantes do setor de seguros e parlamentares.
O seguro agrícola é uma proteção aos riscos na produção agropecuária mediante os fatores adversos da natureza que o agricultor não pode controlar. No ano passado, em virtude de uma prolongada seca de 155 dias no Sudeste, seguida por uma geada muito forte, a safra brasileira de cana-de-açúcar apresentou uma queda de 21,87%. O efeito desses eventos catastróficos foi imediato na renda dos produtores e no volume de exportações de açúcar em 2000, afetando a balança de pagamentos.
Na divulgação do Plano de Safra 1999/2000, o Ministério da Agricultura incluiu o Seguro Agrícola entre as prioridades de sua gestão, visando a médio e longo prazo dotar o Brasil de um sistema semelhante ao de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, onde o governo subsidia de 50% a 80% do prêmio do seguro rural.
O Brasil, que é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar; o segundo de soja; o maior produtor e exportador de suco de laranja e de café, entre outras commodities de peso da balança comercial, não dispõe de qualquer estrutura de subsídio ao seguro agrícola que possa incentivar seus produtores rurais a buscar proteção com a apólice de seguro.
O secretário Meirelles vai expor a proposta de São Paulo para o seguro agrícola. Segundo ele, a única empresa que desenvolveu um programa de seguro rural no Estado, nos últimos 30 anos, foi a Cosesp. ‘Hoje, o que nós queremos é que isso seja objeto de interesse de todas as seguradoras.’
Enquanto para o custeio da safra de 2000/2001 foram dispendidos R$ 50 bilhões, sendo apenas R$ 10 bilhões em crédito rural, o valor investido em seguro desta produção não passou de R$ 300 milhões.
A presença de um seguro de quebra de produção poderia reduzir significativamente o prejuízo dos produtores e seus financiadores pelas perdas decorrentes desses eventos meteorológicos fora de seu controle.
