São Paulo se engaja no ‘Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência’

Aviso de Pauta - Segunda-feira, dia 15

seg, 15/05/2000 - 13h54 | Do Portal do Governo

A assinatura de um protocolo de intenções entre a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania e a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) nesta segunda-feira, 15, engajará o Governo do Estado de São Paulo no “Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência”, campanha de conscientização pública mundial, desenvolvida pela Unesco. Segundo o protocolo, caberá a Secretaria da Justiça divulgar e coletar assinaturas para o Manifesto 2000, através de espaço próprio no site da SJDC na Internet e também coordenar e publicar edição especial do Caderno Cidadania, em temática voltada à promoção da cultura da paz. O objetivo da Unesco é de coletar 100 milhões de assinaturas até convocação da Assembléia Geral das Nações Unidas, em setembro próximo.O protocolo será assinado às 14 horas, no salão nobre da SJDC, Páteo do Colégio, 148 – Centro, pelo secretário Belisário dos Santos Jr., e Jorge Werthein, representante da Unesco no Brasil.Campanha será lançada oficialmente na Assembléia A Campanha pela Cultura da Paz e Não-Violência será lançada oficialmente nesta segunda-feira, dia 15, às 19h30, no plenário Juscelino Kubitscheck da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. A abertura ficará a cargo de 30 meninos – entre 7 e 15 anos – do Grupo Abaçaí, sob a direção de Toninho Macedo. O encerramento será feito com a apresentação do Coral Resistência de Negros Evangélicos, sob a regência do maestro Moisés da Rocha e participação da cantora lírica Celine Imbert. Como parte do ato de lançamento, o fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado liberou cartazes com fotos da Exposição Êxodos, que será montada na Assembléia Legislativa. A Campanha é um Programa de Ação da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – Unesco e seu lançamento no Brasil está sendo organizado pelo Comitê Coordenador do Manifesto 2000. Manifesto 2000O Manifesto 2000 por uma cultura de Paz e Não Violência foi esboçado por ganhadores do prêmio Nobel da Paz, no 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ele afirma que é da responsabilidade de cada ser humano traduzir os valores, atitudes e padrões de comportamento que inspiram a cultura de paz em realidades da vida diária. A Campanha começou a ser delineada em 1997, quando a ONU proclamou 2000 o Ano Internacional da Paz. Em 1999, um grupo de laureados com Prêmio Nobel da Paz lançou, em Paris, o ‘Manifesto 2000 por uma Cultura da Paz e da Não-Violência’. Entre eles estão: Adolfo Perez Esquivel, Michail Gorbatchev, Norman Borlaug, Mairead Maguire, Rigoberta Menchu Tum, Shimon Peres, José Ramos Horta, Joseph Rotblat, David Trimble, Desmond Tutu, Elie Wiesel, Carlos Ximenes Belo, Nelson Mandela e Dalaï Lama. O objetivo principal do Manifesto é mobilizar o maior número de pessoas para contribuir com a cultura da paz, encorajando-as a juntarem-se às organizações e instituições envolvidas em diferentes áreas dessa cultura. No Manifesto, são destacados seis pontos: Respeitar a Vida, Rejeitar a Violência, Ser Generoso, Ouvir para Compreender, Preservar o Planeta e Redescobrir a Solidariedade. No ato do dia 15 será constituída uma rede de apoio à Campanha e de recebimento de assinaturas ao Manifesto, que serão enviadas à última Assembléia do Milênio da ONU, que acontecerá em setembro de 2000. Ao assinar o Manifesto, as pessoas se comprometem a cumprir os pontos destcados.A meta da UNESCO é recolher 100 milhões de assinaturas. De acordo com os organizadores, o ponto culminante dessa campanha de conscientização pública será a “Assembléia do Milênio” das Nações Unidas em setembro de 2000, durante a qual chefes de Estado e representantes de ONGs do mundo inteiro estarão reunidos.