São Paulo registra três casos importados de sarampo

Em 2018, três casos foram confirmados em SP, todos importados de outro país ou de outro Estado

seg, 15/10/2018 - 11h04 | Do Portal do Governo

 

Atualmente não há casos autóctones de sarampo no Estado, isto é, não há registros da doença que tenha sido originária de São Paulo. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a circulação endêmica do foi interrompida no ano 2000.

Desde então, casos esporádicos ocorreram eventualmente, sempre relacionados à importação do vírus de diferentes regiões do mundo onde o controle da doença ainda não foi feito. Em 2018, por exemplo, São Paulo registra até agora apenas três casos confirmados, sendo um importado da Ásia Ocidental e outros dois do Estado do Amazonas.

A proteção do vírus é garantida com a ajuda da vacina, disponível na rede estadual durante o ano todo. Ela é indicada para crianças com idade entre um e cinco anos que ainda não receberam a dose e crianças a partir de seis meses, desde que seja programada nova aplicação em conformidade com o calendário estadual de vacinação, com administração da vacina tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) aos 12 meses e novamente aos 15 meses.

A vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, como aquelas submetidas a tratamento de leucemia e pacientes oncológicos. A Secretaria orienta em alguns casos a triagem de crianças que tenham alergia à proteína lactoalbumina, presente no leite de vaca, para que estas recebam a vacina contra sarampo produzida pelo laboratório BioManguinhos.

“Não há motivo para preocupação. No Brasil, a incidência de alergia ao leite de vaca é de 2%, portanto, trata-se de uma situação rara”, explica Helena Sato, diretora de imunização da Secretaria. A reação alérgica pode ter como sintomas coceira, náusea, diarreia nas duas primeiras horas após a ingestão do alimento ou produto com o componente. Diante de qualquer suspeita, os pais ou responsáveis devem levar as crianças ao médico.

De acordo com o infectologista Ralcyon Teixeira, a doença geralmente se manifesta de forma mais acentuada nos primeiros dias após o contágio. “Os principais indícios do vírus são febre alta, tosse, coriza, conjuntivite e aparecimento inflamações avermelhadas na pele. Ao perceber os sintomas, o indivíduo deve procurar imediatamente atendimento médico”, afirma o especialista do Instituto Emílio Ribas.

Vale ressaltar que além da vacina, outras medidas de higiene pessoal, como cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, lavar as mãos com frequência com água e sabão, utilizar álcool em gel, não compartilhar copos, talheres e alimentos, evitar levar as mãos à boca ou aos olhos, evitar contato próximo com pessoas doentes devem ser adotadas como forma de prevenção do sarampo.