São Paulo elimina a difteria e reduz tétano acidental

Estado já está há dois anos sem nenhum caso de difteria, aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde

qua, 06/02/2008 - 12h32 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo passou 2007 sem nenhum caso de difteria. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE). Foi o segundo ano consecutivo que não houve transmissão da doença em território paulista.

Vacinação em massa, reforço na vigilância e capacitação de profissionais são as principais causas de eliminação da difteria. Na década de 70 havia, em média, cerca de 520 casos da doença por ano no Estado. Em 1971, por exemplo, houve 1.064. Em 1973, 1.054. A queda, ano após ano, se intensificou em 2003, quando houve 13 casos. Em 2004, 3 casos, Em 2005, 3 novamente. Em 2006, enfim, zero, assim como 2007.

O tétano acidental, também evitável por meio de vacinação, apresentou expressiva redução no Estado, passando de 35 casos em 2005 para 30 em 2007 e apenas 18 no ano passado. Na década de 1980 o número de casos da doença era sempre superior a 130.

Normalmente a vacinação contra difteria e tétano ocorre na infância, no primeiro ano de vida. São três doses de tetravalente (difteria, tétano, coqueluche e hemófilo), aos dois, quatro e seis meses, seguindo-se de um reforço da vacina DTP aos 15 meses e outro entre quatro e seis anos de idade.

A partir daí, a cada 10 anos, deve ser feito um reforço com a DT (vacina contra tétano e difteria adequada para adultos). Os adultos que nunca foram vacinados contra o tétano (grande parte da população) devem receber três doses da vacina dupla de adulto (difteria e tétano) para proteção contra o tétano e difteria. Depois de completada a série de três doses é necessário apenas uma dose de reforço a cada dez anos, para manter a proteção adequada.

A difteria é uma doença infecto-contagiosa causada pela toxina do bacilo Corynebacterium diphteriae, que provoca inflamação da mucosa da garganta, do nariz e, às vezes, da traquéia e dos brônquios. A transmissão se faz de pessoa para pessoa, através de gotículas de secreção respiratória contendo a bactéria e, eventualmente, secreção de lesões cutâneas. Os sintomas vão desde a insuficiência respiratória alta até comprometimento cardíaco, neurológico e renal. A doença, que pode levar à morte, atinge pessoas de qualquer idade.

Já o tétano acidental pode ser adquirido através da contaminação de ferimentos. O tétano acidental é geralmente adquirido por contaminação de ferimentos (mesmo pequenos) com esporos  do Clostridium tetani, que são encontrados no ambiente _solo, poeira, esterco, superfície de objetos, principalmente quando metálicos e enferrujados.

O tétano caracteriza-se pelos espasmos musculares e suas complicações. São provocados pelos mais pequenos impulsos, como barulhos e luzes, e continuam durante períodos prolongados. O primeiro sinal de tétano é a contração dos músculos mandibulares, não permitindo a abertura da boca. Isto é seguido pela rigidez do pescoço e das costas.

“A cobertura da vacina contra difteria e tétano no Estado de São Paulo é sempre superior aos 95% recomendados pela Organização Mundial de Saúde. Por isso estamos conseguindo vencer a guerra contra essas doenças, assim como já fazemos com o sarampo desde o ano 2000”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata.

Da Secretaria da Saúde

(L.F.)