São Paulo e demais Estados do Circuito Pecuário do Centro-Oeste estão livres da febre aftosa

Reconhecimento do Ministério da Agricultura vai facilitar o aumento das exportações

qua, 29/12/1999 - 19h09 | Do Portal do Governo

O Estado de São Paulo acaba de ser reconhecido pelo Ministério da Agricultura e do Abastecimento, como zona livre de febre aftosa com vacinação. O território paulista integra o Circuito Pecuário do Centro-Oeste, juntamente com os Estados de Goiás, Mato Grosso, Paraná, Distrito Federal e parte de Minas Gerais, onde se cria 40% do gado nacional.
Esta semana, São Paulo está concluindo a última das três etapas da campanha de vacinação contra doença. De 1º a 24 de dezembro, foram imunizados 10 milhões dos 12,5 milhões de cabeças que formam o rebanho paulista. Isso equivale a cerca de 75% do total. A campanha para erradicar a febre aftosa é coordenada pela Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (SAA) e a previsão dos técnicos é que todos animais serão vacinados. O prazo oficial termina dia 31 de dezembro, mas os criadores que já compraram a vacina poderão, até o dia 7 de janeiro, comprovar o fato. Segundo a CDA, os laboratórios venderam, em São Paulo, volume de doses superior ao necessário.
A declaração de zona livre da febre aftosa foi obtida depois de 30 anos de controle, intensificado nos últimos cinco. Este trabalho foi realizado em parceria do governo estadual e a iniciativa privada para garantir a qualidade e a sanidade dos produtos da cadeia bovina, a terceira maior riqueza rural do Estado. São Paulo é responsável pela exportação de mais de 60% do total nacional, embora seu rebanho seja pouco superior a 8% do brasileiro (163 milhões do rebanho neste ano).
O último foco de febre aftosa detectado no Estado ocorreu há 45 meses. Os exames de sorologia, realizados em agosto/setembro, comprovaram inexistência do vírus da febre aftosa em forma viva. Isto confirma que o aparato de vigilância, controle e defesa sanitária montado por São Paulo está adequado às exigências das atividades pecuárias em geral, segundo o secretário estadual de Agricultura, João Carlos de Souza Meirelles.
Com o reconhecimento oficial de mais uma região brasileira como livre da febre aftosa (Rio Grande do Sul e Santa Catarina receberam esse certificado em 1998), não poderão mais prevalecer barreiras sanitárias contra a exportação de carne bovina fresca, proveniente de frigoríficos de São Paulo e outros Estados da região, acrescenta Meirelles.
‘O fato é importante para São Paulo por ser o maior exportador brasileiro de carne, pois, sem barreiras, as vendas externas podem reagir rapidamente, agregar valor e passar em 2005 a um faturamento de US$ 2 bilhões, referente a 1 milhão de toneladas. Este ano deve fechar com vendas de 550 mil toneladas, no valor de US$ 900 milhões’, conclui.