São Paulo de Cara Nova será modelo para recuperação urbana no DF

Desenvolvido pela CDHU, o projeto recuperará cinco mil imóveis na zona Leste da Capital paulista

sáb, 18/10/2008 - 9h45 | Do Portal do Governo

O secretário de Habitação do Distrito Federal, Paulo Roriz, esteve na quinta-feira, 16, em São Paulo hoje para conhecer o Programa “São Paulo de Cara Nova”, desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), para a recuperação de moradias em União de Vila Nova, na zona Leste da capital, bairro que está sendo urbanizado pela Companhia. O coroamento do projeto de urbanização envolve trabalhos de chapisco e pintura projetados pelo arquiteto Ruy Ohtake. O diretor Técnico da CDHU, João Abukater Neto, representou o secretário de Estado da Habitação e presidente da Companhia, Lair Krähenbühl, durante a visita ao local da intervenção.

Inicialmente, o programa está recuperando a fachada de 300 casas, onde já foram executadas obras de urbanização. Posteriormente, será implantado em outros cinco mil imóveis do bairro. O diretor João Abukater apresentou o modelo do projeto e entregou ao secretário Paulo Roriz a minuta de um termo de cooperação que deverá ser assinado entre os governos de São Paulo e do Distrito Federal. Além da implantação do programa, a parceria vai possibilitar um intercâmbio técnico com a criação de equipes multidisciplinares, aprimorando o desenvolvimento de políticas públicas para habitações de interesse social. “Vamos desenvolver planos de trabalho para melhorar as condições urbanas e socioambientais das moradias populares. Esse compromisso em buscar soluções por meio de projetos já implantados é uma forma rápida de conseguir resultados”, explicou o diretor.

O Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, conheceu o programa na última semana, quando reuniu-se, em Brasília, com o secretário Lair Krähenbühl. O governador Arruda determinou que o secretário Paulo Roriz viesse à capital paulista para obter mais informações. “Os problemas habitacionais de Brasília são muito parecidos com os de São Paulo. Queremos deixar o Distrito Federal também de cara nova e beneficiar as moradias de baixa renda”, disse Roriz. O secretário afirmou que, em Brasília, o projeto-piloto será desenvolvido pela Companhia de desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF) e que a oportunidade de ver de perto como é executado o programa é muito importante para a eficácia da intervenção. “Gostei muito do que presenciei aqui hoje. É esse tipo de ação que melhora a qualidade de vida da população mais carente”, concluiu.

O presidente da Codhab, Edo Freitas, que acompanhou Roriz na visita, afirmou que o Distrito Federal também pretende contribuir com São Paulo transmitindo a experiência adquirida na formulação de parcerias público-privadas. Na opinião dele, Brasília avançou bastante no desenvolvimento desse tipo de processo e o termo de cooperação vai permitir uma produtiva troca de informações. “A população de baixa renda dos dois Estados só será efetivamente atendida quando o poder público trabalhar em parceria, buscando aplicar o que há de melhor comprovadamente”.

O Programa “São Paulo de Cara Nova” foi criado pela CDHU para finalizar um processo de urbanização realizado pela CDHU na região, o Projeto Pantanal. Para concluir a primeira etapa da intervenção, a Companhia contratou o arquiteto Ruy Ohtake que elaborou o projeto cromático junto com a comunidade. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati) forneceu o material e ofereceu cursos profissionalizantes que capacitaram os próprios moradores a executar a pintura nas 300 primeiras casas.

O Projeto Pantanal é desenvolvido em uma área de cerca de 908.000 m2, onde estão localizados os núcleos União de Vila Nova e Vila Nair. A recuperação daquela área envolve, entre outras coisas, a implantação de saneamento, pavimentação de vias, retificação de córregos, redes de abastecimento de água, construção de parques, além da edificação de novos conjuntos habitacionais.

Trata-se de um projeto completo de atendimento habitacional e prevê investimento de R$ 147 milhões com obras de urbanização como implantação de redes de água, esgoto e energia elétrica, iluminação pública, paisagismo, sistema de lazer, além de obras estruturais como drenagem para acabar com as enchentes. O objetivo é criar infra-estrutura e transformar o local em um novo bairro.

Na primeira etapa, já concluída, foram investidos R$ 43 milhões, beneficiando 4.831 famílias, sendo 2.385 com urbanização e 2.446 em novas moradias. Os recursos previstos para a 2ª etapa, cujas obras já estão em execução ou em licitação, são de R$ 103,9 milhões. Serão beneficiadas mais 3.479 famílias; 2.915 com a urbanização e 564 com novas moradias. Quando o processo for finalizado, 8,3 mil famílias serão beneficiadas e todas as casas estarão com as fachadas recuperadas.

Da CDHU