Os lixões do Estado de São Paulo estão com os dias contados. Isso porque um levantamento da Secretaria do Meio Ambiente, baseado em números de 2008, revelou que 84,1% das 27,6 mil toneladas de lixo produzidas diariamente no estado possuem destinação adequada. Para efeito de comparação, em 1997, no primeiro estudo realizado sobre o assunto, o número era de 10,9% e, em 2007, 81,4%.
O trabalho feito por técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) aponta ainda que, das 645 cidades paulistas, apenas 53 não cumprem as normas ideais de tratamento do lixo. A meta é erradicar os lixões do Estado de São Paulo até o final de 2009.
A pesquisa é feita com base em uma pontuação, chamada Índice de Qualidade de Resíduos (IQR). O número é calculado por meio da aplicação de um questionário padronizado, que analisa a situação local, estrutural e operacional do aterro de lixo.
Cada cidade recebe uma nota (o IQR) que varia de 0 a 10. Se a pontuação atribuída ficar entre 0 e 6, o aterro é considerado inadequado. De 6,1 até 8, é controlado e acima de 8,1 é classificado como adequado, pois atende a padrões ambientais estabelecidos pela agência ambiental do Estado.
O relatório de 2008 evidencia que, nos 575 municípios com até 100 mil habitantes, onde se gera 13,5% da quantidade diária de lixo no Estado, o IQR médio é igual a 7,9. Isso significa que a destinação do resíduo é controlada.
Nas 33 cidades onde moram de 100 mil a 200 mil pessoas, a média chega a 8,4, o que também caracteriza condição adequada.
As cidades que possuem entre 200 mil e 500 mil habitantes, caso de 28 localidade, o IQR é de 8,4 – ou seja, adequado. Por fim, nos nove municípios paulistas com mais de 500 mil habitantes – que produzem 60,9% do lixo do Estado – o IQR médio é de 8,9, isto é, adequado.
Cetesb/Secretaria do Meio Ambiente