São Paulo amplia monitoramento automático da qualidade do ar

A inauguração das estações de Bauru e Marília e um comando de fiscalização de fumaça preta na Marechal Rondon marcaram o início da Operação Inverno 20

dom, 15/06/2008 - 13h43 | Do Portal do Governo

A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), vinculada à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, está ampliando em 30% a sua rede automática de monitoramento da qualidade do ar no Estado.

Na sexta-feira, 13, foram inauguradas as estações automáticas de Bauru e Marília. Além disso, também nesta sexta-feira, a Agência Ambiental de Bauru, em conjunto com a Polícia Rodoviária Estadual, realizou um comando de fiscalização de fumaça preta emitida pelos caminhões, no km 340 da Rodovia Marechal Rondon, que resultou na autuação de 36 veículos diesel. E uma inspeção de funcionamento de catalisadores e de regulagem de motores, de veículos leves, foi promovida, durante todo o dia, no Aquarius Shopping de Marília.

Todas estas ações marcam o início da Operação Inverno 2008, que se estende de junho a agosto. No decorrer do período, a agência ambiental paulista e a SMA, em parceria com prefeituras municipais, órgãos governamentais e entidades privadas, promoverá uma série de ações, tanto de fiscalização como de inspeção e orientação, visando a regulagem dos veículos e a consequente redução dos poluentes.

De acordo com o diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental da CETESB, Marcelo Minelli, a agência ambiental paulista “está interiorizando o monitoramento, nas cidades que registram um crescimento da atividade econômica, no Estado”. Ele enfatizou a ampliação da rede em 30%, “o que representa uma importante ferramenta de planejamento das políticas públicas, na área ambiental”.

Com estas inaugurações, em Bauru e Marília, a Cetesb passa a operar 32 estações automáticas fixas – 21 na Região Metropolitana de São Paulo; três em Cubatão e mais oito no interior – e, até o final do ano, entrarão em funcionamento mais 08 novas estações automáticas. Os investimentos para a atualização do sistema operacional e expansão da rede telemétrica de monitoramento da qualidade do ar são da ordem de R$ 7 milhões, recursos do FECOP – Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição. O custo estimado previsto de cada estação é de aproximadamente R$ 600 mil.

Para a escolha dos novos municípios em que haverá monitoramento automático, foram utilizados critérios como a população do município, a existência de fontes industriais e frota de veículos significativa, áreas de queima de palha de cana-de-açúcar, e distribuição geográfica no Estado, entre outros. Os municípios que serão contemplados com estações automáticas são Araçatuba, Araraquara, Jundiaí, Jaú, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto. Além disto, será ampliado o número de parâmetros que atualmente são monitorados na estação de Americana. Em Bauru, a estação está localizada na rua Castro Alves, Quadra 4, junto ao Corpo de Bombeiros, e em Marília na Unidade Básica de Saúde “Dr. Simão de Andrade Ribeiro”, à R. Pascoal Moreira, 250.

As novas estações estarão capacitadas para medir as concentrações de ozônio, óxidos de nitrogênio e partículas inaláveis. Além disto, medirão em Bauru e Marília, os seguintes parâmetros meteorológicos:direção e velocidade dos ventos, temperatura, umidade relativa do ar e radiação global e UV.

Juntas, elas permitirão avaliar continuamente a qualidade do ar respirado pela população e informá-la à sociedade em tempo real pela internet, e com isto, entre outros benefícios: conscientizar a população sobre os problemas de poluição do ar e a adoção de medidas que ajudem a reduzi-la, bem como a adoção de medidas de proteção à saúde quando necessário; obter informações que possam indicar os impactos sobre a fauna, flora e o meio ambiente em geral; acompanhar as tendências e mudanças na qualidade do ar devidas à alterações nas emissões dos poluentes, e assim auxiliar no planejamento de ações de controle; determinar o nível de saturação do município e na região ao seu entorno com vistas aos processos de licenciamento; e fornecer dados para ativar ações de controle, quando os níveis de poluentes na atmosfera possam representar risco à saúde pública.

 Da Secretaria do Meio Ambiente

C.M.