Neste sábado, 27, será realizada a final da 6ª edição da Copa VI Copa CASA de Futebol. O jogo será disputado no Estádio Palestra Itália entre as equipes da unidade Grandes Lagos (São José do Rio Preto) e Ribeirão Preto. Na primeira partida da semifinal, realizada no sábado passado, 20, também no Palestra Itália, as equipes de São José Rio Preto e Guarujá fizeram um jogo bem equilibrado. A partida terminou empatada (3 a 3) no tempo normal. Na cobrança dos pênaltis, São José dos Campos levou a melhor (6 a 5), ficando com a primeira vaga para a final.
Na segunda semifinal, disputada no domingo, 21, no Estádio do Pacaembu, enfrentaram-se as unidades João do Pulo (Capital) e Ribeirão Preto. Empurrados pela torcida, o time da Capital saiu na frente. Porém, confirmando o favoritismo, a equipe do interior virou o placar e acabou vencendo por 4 a 1. A competição deste ano reuniu mais de 1,2 mil jogadores de 74 unidades que puderam experimentar a sensação de liberdade e, ao mesmo tempo, representar as unidades.
Emoção
Quem compareceu no último sábado ao campo do Palmeiras (que iria jogar com a Ponte Preta), viu muita emoção na preliminar entre as unidades de São José do Rio Preto e Guarujá. Sob o calor de quase 40º graus, os jovens suaram a camisa em busca da vitória e, também, sentiram o gosto de pisar no gramado onde grandes talentos do futebol brasileiro mostram sua técnica.
Um deles era João Henrique, 17 anos, artilheiro da equipe de São José do Rio Preto. “Acredito que vamos vencer e classificar nossa equipe para a decisão”, dizia ele antes do jogo. Confiança justificada pelo fato de que seu time havia vencido todos os jogos de goleada. Mas quem abriu o placar foi a equipe do Guarujá, com um gol de falta de Flávio Matias, 17 anos. São José do Rio Preto não desanimou, partiu para o ataque, fez o gol de empate e virou o placar no final do primeiro tempo.
“O time está bem. Mas a falta de preparo físico dos atletas dificulta um pouco o entrosamento”, dizia Élvio Carvalho, 38 anos, um dos técnicos de São José do Rio Preto (o outro é uma moça, Luciana Kfouri, 30 anos). A afirmação de Élvio faz sentido. Os jogadores fazem a preparação para a Copa em campos de futebol de salão dentro das unidades, o que reduz capacidade dos jogadores, quando atuam no campo de futebol normal. Mas, para Luciana, a vontade e a superação dos garotos sempre acabam prevalecendo. “É uma competição que já ganhou respeito, pois além de praticar esporte, os jovens ainda aprendem a ter disciplina, coletividade e convívio social”.
Goleiro artilheiro
Quando o jogo recomeça, os garotos do Guarujá confirmam as palavras de Luciana. E, na base da raça, viram o jogo para 3 x 2. São José do Rio Preto ainda busca o empate e a decisão vai para os pênaltis. Durante as cobranças, uma surpresa: o goleiro Fabiano, 17 anos, do time do Guarujá, apresenta-se para bater. Bate, marca e pede silêncio para a torcida, que claramente apoiava o time de Rio Preto. O juiz não teve outra saída: mostrou-lhe o cartão amarelo e em seguida o vermelho. Sem goleiro, sobrou para o capitão Henrique a missão de ir para o gol – e a equipe do Guarujá acabou perdendo a disputa por 6 x 5.
Receita de sucesso
A cada etapa da Copa CASA de Futebol, o ex-jogador Zé Maria tem mais motivos para comemorar a decisão que tomou um dia. Convidado para ser padrinho da competição, ele conta que chegou a Fundação Casa num momento difícil: “Cheguei no meio a uma rebelião e pensei que talvez não estivesse no lugar certo. Felizmente eu estava enganado. Hoje vejo a importância desse trabalho e prevejo que a cada ano tudo ficará melhor em todos os sentidos”, diz. Mas, para o Super-Zé, apelido dos tempos em que atuava como lateral-direito do Corinthians e da Seleção Brasileira, ainda falta um objetivo a ser alcançado: “Sonho ver uma equipe da instituição disputar a Copa São Paulo de Futebol Junior”.
A competição é organizada pela a Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) é uma instituição ligada à Secretaria de Estado da Justiça e da Defesa da Cidadania. A instituição tem a missão de aplicar em todo o Estado as diretrizes e as normas dispostas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Promovendo estudos e planejando soluções direcionadas ao atendimento de adolescentes autores de atos infracionais, na faixa de 12 a 21 anos.
A competição, com duração de três meses (janeiro a março), tem a supervisão da Gerência de Educação Física e Esporte da Casa e é realizada em parceria com a Federação Paulista de Futebol.
Da Agência Imprensa Oficial
