O Movimento Degrau, desenvolvido pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e pela Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), criou o programa Convivência e Aprendizado no Trabalho para incentivar os empreendedores do Estado de São Paulo, do 2º e do 3º setores, a estabelecerem perspectivas para a juventude por meio de inclusão de aprendizes adolescentes no mundo do trabalho.
“É uma ação promovida para incentivar a aplicação prática da Lei 10.097, que regulariza o trabalho de adolescentes de 14 a 18 anos incompletos, e, sobretudo, para qualificar a inclusão social de jovens que estejam vivendo situações de vulnerabilidade pessoal e social”, informou Amato.
Dados do Movimento Degrau revelam que existem em todo o Estado de São Paulo, 80 a 100 mil jovens trabalhando na condição de aprendiz. É o caso de Jonatan da Conceição, de 17 anos, que trabalha na Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O jovem mora no bairro de Capão Redondo e atualmente cursa a sétima série. “Fui encaminhado ao Degrau pelo meu tio Gabriel. Estou aprendendo a trabalhar em equipe e a ter uma profissão. É melhor do que ficar sem fazer nada no local onde moro”.
Para Marisa Negri, coordenadora da Rebrafi, “o programa considera importante a convivência do jovem nas organizações empresariais. Muito da formação de um aprendiz se dará na esfera informal das trocas, nas interações cotidianas com outros trabalhadores. Não se trata de um mero abrir vagas, mas de oferecer oportunidades reais, construir sentidos e tornar viáveis projetos de vida para as novas gerações”. Foi o que ocorreu com Renan Luz Reis, 18 anos, que trabalhou como aprendiz durante dois anos na ACSP. “Fui efetivado na entidade e agora curso o segundo semestre de Ciências da Computação na Uninove – Câmpus Vergueiro. Graças ao projeto, mudei o rumo da minha vida e posso ser um exemplo para os que estão entrando no programa”.
Maria Lúcia Zanelli
Da Agência Imprensa Oficial
(I.P.)
