Saiba como as vacinas da gripe são produzidas no Instituto Butantan

Você já parou para pensar como são produzidas as vacinas de gripe no Instituto Butantan antes de chegar aos postos de saúde?

qui, 06/09/2018 - 15h40 | Do Portal do Governo

O caminho percorrido é longo. O Instituto recebe amostra dos três tipos de vírus que são usados na fabricação da vacina: influenza tipo A, H1N1 e H3N2, e do tipo B. Além disso, o órgão também recebe de uma granja do interior de São Paulo ovos embrionados de galinha, por ser o lugar ideal para a multiplicação do vírus.

Na primeira etapa, uma máquina injeta, em cada ovo, o vírus da gripe ainda vivo. Em seguida, o ovo é colocado em incubação por um período de 60 a 72 horas. Nesse tempo, o vírus consegue se multiplicar quase 10 milhões de vezes. O material extraído do ovo, depois dessas etapas, passa por um processo de segmentação e todos os vírus são mortos. De cada ovo podem sair até três doses de vacina e cada um deles recebe até um tipo de vírus influenza.

Para 2018, o investimento do Instituto foi de R$ 5 milhões nas vacinas, que começaram a ser produzidas em setembro de 2017. “Esse investimento possibilitou aumentar a produção, garantindo segurança e agilidade nos processos produtivos e, posteriormente, na entrega das doses ao Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia, no ano passado, em 10 meses produzimos 45 milhões de doses e, neste ano, com este investimento, iremos fornecer 60 milhões em oito meses de produção”, explica Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.

O processo de fabricação das doses exige o trabalho ininterrupto de 500 funcionários, de setembro deste ano até maio de 2018, e a fecundação de 60 milhões de ovos, necessários para o cultivo dos vírus usados na vacina. Por dia, são 321.984 ovos que chegam à instituição, e que já começam a ser inoculados.

“A vacinação contra o Influenza é fundamental para evitar complicações decorrentes da gripe e doenças graves, como pneumonia”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria. “A vacina não tem capacidade alguma de provocar gripe em quem tomar a dose, já que é composta apenas de partículas do vírus que são incapazes de causar qualquer infecção”, destaca.