Sabesp transforma antiga estação em prédio sustentável

Responsabilidade social e acessibilidade nortearam a elaboração do projeto, que só utilizou materiais reciclados

seg, 07/12/2009 - 9h00 | Do Portal do Governo

Uma antiga estação elevatória de esgotos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia, em Pinheiros, é o mais novo abrigo para a fauna da cidade de São Paulo. O espaço, de 900 metros quadrados, será a sede da Superintendência de Gestão Ambiental. A sustentabilidade é o fator principal para a sua construção.

O prédio, cercado por plantas da flora regional, fornecerá alimentos e abrigo para os pássaros. Desde o primeiro momento, a sustentabilidade norteou o projeto. Houve reaproveitamento do material existente e o projeto procurou minimizar as emissões de gases de efeito estufa e os resíduos e impactos. O entulho gerado foi usado para o nivelamento da obra, por exemplo.

O edifício foi adaptado para permitir o uso de iluminação natural. Próximo às janelas, foram plantadas árvores que atuam também como reguladores de luminosidade. São espécies que perdem todas as folhas no inverno, de forma a permitir maior fluxo de luz quando os dias são mais escuros e curtos. No verão, elas desenvolvem grande folhagem e filtram eventuais excessos de sol.

No interior da construção, as lâmpadas ficam mais próximas do chão, para otimizar sua eficiência e reduzir o consumo de energia. Há ainda um sistema para regular a intensidade das luzes, conforme a claridade do ambiente. Alguns pontos de menor movimento de pessoas, como os sanitários, dispõem de sensores de presença para desativar a iluminação quando não houver ninguém.

O local de trabalho foi projetado para ser acessível e confortável.  O paisagismo interno, além de garantir bem-estar visual, absorve ruídos e proporciona acústica adequada. Pessoas com deficiência físicas podem locomover-se com facilidade por todas as dependências da nova sede.

Economia de água 

O sistema de coleta e armazenamento de água torna possível o uso da água da chuva nas descargas sanitárias. As torneiras têm temporizadores e os tubos de esgoto são de poliéster, material produzido com plásticos PET reciclados.

Todos os materiais utilizados contam com componentes reciclados ou certificações ambientais, o que garante a origem baseada no uso de tecnologias de produção ambientalmente amigáveis. Foram utilizadas brita e areia recicladas, fios e cabos elétricos isentos de metais pesados na pigmentação, esmaltes à base de água e granito de pedreiras certificadas e de localização próxima.

Em parte das paredes, os painéis de fechamento são feitos de caixas de produtos longa-vida e tubos de creme dental reciclados. O piso de linóleo (produto natural fabricado com óleo de linhaça e serragens de cortiça e madeira) atua como bactericida e evita ácaros.

Da Agência Imprensa Oficial e Sabesp