Sabesp flagra mais de 11 mil casos de furto de água no estado

70 equipes de caça-fraude atuam na Grande São Paulo e região Bragantina

ter, 15/09/2015 - 11h35 | Do Portal do Governo

De janeiro a julho deste ano, a Sabesp flagrou 11.168 casos de furto de água nas cidades em que atua na Grande São Paulo e Região Bragantina. O dado representa alta de 36% em relação ao mesmo período de 2014, quando houve 8.220 flagrantes. 

A companhia cobra retroativamente a tarifa pela água furtada e pelo esgoto coletado. Além disso, o responsável pela fraude responde por crime de furto e pode pegar até oito anos de detenção. 

Os 2,46 bilhões de litros de água potável que os fraudadores furtaram são suficientes para abastecer cerca de 200 mil pessoas durante um mês. É quase a população inteira de Cotia. Em 2014, de janeiro a julho, o volume desviado foi de 1,26 bilhão de litros, o que abasteceria 125 mil moradores por um mês.

O número de denúncias de fraude também aumentou neste ano e contribuiu para a alta nos flagrantes. Em todo o ano de 2014, por exemplo, o Disque-Denúncia (telefone 181) recebeu 320 ligações relatando suspeita de furto de água. Neste ano, de janeiro a julho, já são 902 relatos. Pelo telefone da Sabesp (195), entre janeiro e julho, foram 26.674 denúncias no ano passado e 38.052 neste ano. As ligações são anônimas.

Todos pela água
Quem furta água não se preocupa com o desperdício, pois imagina que não irá pagar pelo alto consumo. Fraudadores deixam torneiras abertas e não consertam vazamentos. Isso se torna ainda mais grave diante da pior seca da história da Grande São Paulo. O fraudador também prejudica os vizinhos, já que ele suga um volume de água muito maior do que o normal da rede, afetando o abastecimento da região. 

A Sabesp trabalha com 70 equipes de caça-fraude na Grande São Paulo e na região de Bragança Paulista. Os técnicos acompanham o consumo e vistoriam os imóveis quando há indícios de irregularidade. Em parceria com a Secretaria de Segurança Pública, a empresa realiza operações conjuntas com a polícia, para casos em que o fraudador impede a fiscalização e para prender os agentes fraudadores – que vendem a adulteração para moradores, comerciantes e indústrias. 

Do total de fraudes identificadas de janeiro a julho deste ano, 9.567 casos foram detectados em residências, 984 em estabelecimentos comerciais e outros 617 em imóveis de uso misto e indústrias. No entanto, as fraudes em comércios geram um desvio muito maior de água por causa do tipo de consumo.

Do Portal do Governo de São Paulo