Sabesp faz parceria para prevenir algas na represa Guarapiranga

Ação é mais uma iniciativa do Governo para melhorar a qualidade de água

ter, 25/08/2009 - 14h00 | Do Portal do Governo

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) fechou uma parceria com a Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) para prever o aparecimento de algas na Represa Guarapiranga. O contrato tem validade de um ano e estabelece que a Ufscar desenvolva um modelo de previsão de crescimento dessas plantas, naturalmente presentes nos corpos d’água.  

O contrato com a Ufscar, cujo valor é de R$ 1, 15 milhão, é mais uma iniciativa do Governo, por meio da Sabesp,  para  melhorar a qualidade da água da represa Guarapiranga. 

O método de previsão

Trata-se de um método matemático, que leva em conta uma série de variáveis, como insolação, temperatura, aspectos físicos e biológicos do manancial. Com o cruzamento dessas informações, será possível apontar quais partes da represa tendem a contar com o florescimento das algas. A partir daí, a Sabesp terá condições de combater esses organismos nos pontos de maior intensidade.  Outras alternativas também estão em estudo.

As  algas são um tipo de bactéria (cianobactérias), que, quando em contato com materiais orgânicos, podem liberar compostos como a geosmina e o   metilisoborneol. O primeiro está associado ao odor de mofo. Já o segundo, ao cheiro e gosto de terra. Apesar de não causar risco à saúde, o tratamento da água não consegue remover essas sensações.

Por estar sujeito às ocupações irregulares, que despejam o esgoto in natura no manancial, o problema é mais recorrente na represa Guarapiranga, já que esses organismos se alimentam justamente dos nutrientes presentes nos dejetos. O sol forte e a ausência de chuvas contribuem para o surgimento das   algas – elas são mais frequentes em épocas de estiagem.    

Pelo acordo, caberá à Sabesp fornecer relatórios da qualidade da água da Guarapiranga. A Ufscar, que já possui estudos  relacionados ao tema, deverá desenvolver o modelo compatível  com  a  realidade  da represa.

Da Sabesp