Sabesp e IPT criam metodologia para medir consumo de água

Ideia é descobrir os locais onde mais se consome água em uma residência e, com isso desenvolver ações sobre uso racional

qui, 10/06/2010 - 17h00 | Do Portal do Governo

A Sabesp e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) se uniram para descobrir quais são os locais onde mais se consome água em uma residência: bacia sanitária, torneiras da cozinha e do banheiro ou no chuveiro. Parte desse projeto, elaborado pelo instituto a pedido da Sabesp, foi no 6º Congresso Internacional de Perdas de Água.

A abertura da palestra ficou a cargo de Ricardo Chahin, gestor do Pura (Programa de Uso Racional da Água), da Sabesp. O engenheiro explicou qual o objetivo desse projeto: “Esse conhecimento possibilitará à Sabesp elaborar um plano de contingência ou campanhas de comunicação para conscientização sobre uso racional da água e instalação de equipamentos economizadores.”

A ideia é localizar onde o morador consome mais água e desenvolver metodologia para aferir isso com precisão. Dessa forma, as ações de conscientização da Sabesp poderão ser mais focadas.

A parte do projeto que foi apresentada no congresso trazia dados da vazão noturna nas residências. As informações foram expostas pelo pesquisador do IPT Douglas Barreto. Foram selecionados 100 endereços do hall de consumidores da Sabesp e em 40 deles o instituto instalou medidores de consumo tanto no cavalete quanto dentro da residência, em cada ponto de entrada de água (torneiras, bacias sanitárias etc.). Dessa forma, o consumo em cada um dos cômodos da casa pôde ser analisado.

Com relação à vazão noturna, o que se pode perceber é que, entre 3 e 4 horas, as pessoas também consomem água em atividades domésticas – ou seja, é consumo de verdade, não vazamento noturno como se pensava. A questão é que esse volume não é medido na totalidade pelo hidrômetro, pois é muito baixo.

Segundo Douglas, daqui para frente o IPT e a Sabesp pretendem ampliar o número de residências pesquisadas, para que resultados mais bem estruturados sejam alcançados. “A sociedade está clamando para que a gente resolva isso”, disse ele, referindo-se ao desperdício de água.

Da Sabesp