Sabesp continua responsável pelo saneamento na Capital

Índice de satisfação do consumidor com os serviços da empresa é de 80%

sex, 19/06/2009 - 17h30 | Do Portal do Governo

A Companhia de Saneamento Básico (Sabesp) vai cuidar dos serviços de abastecimento de água e saneamento na capital paulista pelos próximos 30 anos. A prefeitura de São Paulo sancionou nesta quinta-feira, 18, o Projeto de lei que concede esse direito à empresa. Os serviços poderão ser prorrogados por mais 30 anos.

O projeto já havia sido aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal no último dia 3. A nova legislação regulamenta o que já é realizado há 36 anos, desde a fundação da Sabesp.

A complexidade da capital paulista exige investimentos amplos e avançado conhecimento técnico. O objetivo da Sabesp é universalizar os serviços até 2018, alcançando 100% de coleta e tratamento de esgotos. Hoje, a capital tem 100% de atendimento da população com água potável, 97% com coleta de esgoto e 73% do volume do esgoto gerado é tratado.

Esses percentuais são elevados quando comparados a outras capitais brasileiras. Belo Horizonte, por exemplo, coleta 96% do esgoto e trata 60%. Em Recife, o índice de abastecimento de água não chega a 100% e apenas 41% do esgoto gerado, é coletado e tratado.

Os contínuos investimentos em saneamento ajudam a elevar a qualidade de vida da população. O índice de mortalidade infantil passou de 51,6 mortes por mil nascidos vivos em 1980 para 12,5, em 2008.

Outro dado importante diz respeito ao preço cobrado pela Sabesp para cada mil litros de água – abaixo da média praticada pelas companhias estaduais. Com base no grupo das Companhias Estaduais de Saneamento, a tarifa média por mil litros de água é de R$ 2,06, enquanto a companhia paulista cobra R$ 2,02.    

O índice de satisfação do cliente na capital é alto. Segundo pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, em 2008 esse índice foi de 80%.

Tecnologia e investimentos

A Sabesp é uma das poucas empresas de saneamento no mundo que tem porte e conhecimento técnico necessários para atender uma cidade com a importância e a complexidade de São Paulo. A operação deste município tem como complicadores a escassez hídrica da Região Metropolitana de São Paulo e as ocupações em áreas de maior dificuldade para instalação de redes, típicas de grandes metrópoles de países em desenvolvimento.

A escassez de recursos hídricos é evidente: cada um dos 20 milhões de habitantes da Grande São Paulo têm à disposição apenas 201 mil litros por ano – o recomendado pela ONU é 2,5 milhões de litros.

Nas últimas décadas, a Sabesp efetuou investimentos no conjunto de sistemas produtores de água da Região Metropolitana para acabar com o rodízio que afetou os moradores na década de 90. O problema foi solucionado, mas os investimentos são mantidos para garantir o bom abastecimento.

Em 2008, foram investidos na capital R$ 606 milhões, contra R$ 438 milhões no ano anterior. A previsão é que, nos próximos 30 anos, sejam investidos R$ 500 milhões ao ano, totalizando R$ 15 bilhões ao longo da concessão.  

Programas

Para alcançar a universalização, a Sabesp também investe m programas que beneficiam tanto a cidade de São Paulo quanto toda a Região Metropolitana. Veja quais são:

Programa Metropolitano de Água (PMA) 
Resultado do Plano Diretor de Abastecimento de Água,  atualiza a estrutura e ajusta a sequência de obras previstas, em razão das configurações recentes de demandas de água na região metropolitana de São Paulo

Programa Vida Nova (Mananciais) 
Conjunto de ações para restaurar e manter a qualidade das águas dos mananciais metropolitanos. Investimento total de R$ 1,22 bilhão

Programa Córrego
O programa prevê despoluição de 100 córregos até julho de 2010. Já foram recuperados 42 cursos d’água

Projeto Tietê
Para despoluição do Rio Tietê, o projeto conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) superior a R$ 3,2 bilhões