Rodoanel: intervenção local que beneficia todo o País

Dividido em quatro trechos – Oeste, Sul, Norte e Leste – esse importante anel rodoviário terá 170 quilômetros

qua, 30/05/2007 - 17h29 | Do Portal do Governo

Tirar do papel uma obra de dimensões monumentais e de grande impacto em diversos setores não mexe apenas com o Estado de São Paulo. O Rodoanel Mario Covas, auto-estrada que está sendo construída em torno da Região Metropolitana de São Paulo, é um caso exemplar: não resolve apenas um problema de trânsito local, ele tem alcance muito maior.

“É uma obra fundamental para nosso país, para a economia do Brasil”, disse o governador José Serra na segunda-feira, 29, na cerimônia que marcou o início das obras do trecho sul do Rodoanel. Explica-se: o Rodoanel está no meio de um importante corredor de escoamento da produção nacional para o estrangeiro. A melhoria na eficácia desse transporte interfere em indicadores como o custo Brasil (termômetro que aponta o volume de dificuldades que encarecem o investimento no país).

Dividido em quatro trechos – Oeste, Sul, Norte e Leste – esse importante anel rodoviário terá 170 quilômetros de extensão e tem custo estimado em R$ 9 bilhões. Sua missão é desviar o fluxo de veículos pesados da área urbana da Capital paulista e municípios vizinhos. Ganha a população local, que não terá que disputar espaço nas ruas com caminhões e outros veículos que estão apenas de passagem, e ganha o transporte de cargas, que poderá trafegar com maior velocidade numa via expressa construída especialmente para esse fim.

Trecho Oeste

Os benefícios da implantação do Rodoanel Mário Covas já podem ser observados no trecho Oeste, em funcionamento desde outubro de 2002. Um caminhão que deixa Curitiba (PR) e chega a São Paulo pela rodovia Régis Bittencourt não precisa mais pegar as marginais dos rios Pinheiros e Tietê para desembocar na rodovia dos Bandeirantes, rumo ao interior paulista.

Assim que o trecho de 32 quilômetros entrou em operação, técnicos da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) observaram que houve queda de 30% no fluxo de caminhões nas marginais Pinheiros e Tietê. A satisfação foi imediata. Segundo pesquisa do Ibope (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 85% dos usuários aprovaram o novo sistema e a nota média de satisfação bateu nos 8,93. Não é à toa. A via dispõe de avançados recursos tecnológicos como monitoramento através de câmeras de TV e informações ao usuário através de painéis de mensagens.

Por etapas

As obras foram divididas em quatro grandes etapas. Na primeira, foi construído o trecho Oeste, que passa por São Paulo, Embu, Cotia, Barueri, Carapicuíba, Osasco e Santana do Parnaíba. É o trecho que interliga o maior número de rodovias que chegam à Capital: Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castello Branco, Anhangüera, Bandeirantes e a Avenida Raimundo Pereira de Magalhães.

A segunda etapa, o trecho Sul, começou na segunda-feira, na altura do número 3.200 da Avenida Papa João XXIII, em Mauá. Só este trecho, que deve ligar o binário Anchieta-Imigrantes à rodovia Régis Bittencourt, vai consumir R$ 3,6 bilhões. Destes, R$ 1,2 bilhão devem partir do governo federal por meio do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A terceira etapa do Rodoanel será o trecho Leste, a ser iniciado em 2011 e concluído em 2014. O trecho Norte será a quarta e última etapa, com previsão de início em 2015 e término em 2018. O governo estuda a possibilidade de instalação de praças de pedágio ao longo do Rodoanel e a concessão de algumas rodovias estaduais, como forma de  custear as obras dos trechos em construção.

Manoel Schlindwein

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