Rinocerontes brancos já podem ser visitados em sua nova casa no Zoológico de São Paulo

Os animais chegaram em 1998 em programa de preservação da espécie

dom, 20/05/2007 - 18h05 | Do Portal do Governo

O casal de rinocerontes brancos (Ceratotherium simun simun) Adão e Eva pode ser visto, desde 7 de maio, em sua nova casa, no Zoológico de São Paulo. As novas instalações, onde já habitou um rinoceronte negro, quando o Zôo foi criado, foram reformadas pela Divisão de Engenharia da Fundação, sob a supervisão de técnicos do Setor de Mamíferos, para abrigar o casal com o necessário espaço e conforto, e encerra uma etapa de trabalhos desenvolvidos por diversos técnicos e especialistas do Zoológico de São Paulo, que esperam, em um futuro próximo, ser possível a reprodução dessa espécie ameaçada de extinção, contribuindo para a sua conservação.

Segundo conta a bióloga Mara Cristina Marques, do Setor de Mamíferos, os animais vieram da África do Sul em novembro de 1998, num programa de reprodução e preservação da espécie. Quando chegaram, tinham respectivamente 15 e 13 meses de idade e, após o período de quarentena, foram colocados em aproximação com uma fêmea idosa chamada carinhosamente de Menina, que vivia sozinha desde a morte de seu companheiro, para que pudessem se familiarizar para evitar possíveis episódios de agressão.

Esperava-se que Adão e Eva, além de contribuir para a preservação da espécie, fariam companhia para Menina, um dos animais mais queridos e carismáticos do Zoológico. Essa etapa foi bem-sucedida e, para surpresa dos tratadores, a velha rinoceronte acabou por “adotar” o casal, passando a cuidar deles como se fossem seus filhotes.

Mas, Menina, devido à idade avançada e problemas de saúde, acabou morrendo, o que afetou o casal, exigindo a intervenção do programa de enriquecimento ambiental específico para voltarem ao normal.

Quando o casal alcançou a idade reprodutiva, foi necessária a mudança para instalações mais amplas, porque os rinocerontes, apesar de serem animais de hábitos solitários, necessitam de espaço para que o macho faça a “corte” para conquistar a fêmea.

Para transferir Adão e Eva para o novo recinto, os tratadores, biólogos, veterinários e equipe de engenharia tiveram de observar uma série de procedimentos extremamente complexa, evitando ferimentos ou estresse nos animais. Para isso, contaram com a colaboração do médico veterinário Robin Radcliffe, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, especialista em manejo de rinocerontes e girafas, que deu todo o suporte necessário à equipe técnica.

Da Secretaria Estadual de Meio Ambiente