Ribeirão Preto quer agilizar assistência à asma

Projeto para melhorar o fluxo do atendimento de pacientes com asma ganha prêmio

sex, 12/12/2008 - 14h04 | Do Portal do Governo

Projeto de professores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da Universidade de São Paulo, que prevê melhorar o fluxo do atendimento de pacientes com asma na rede pública de saúde de Ribeirão Preto, a partir de 2009, ficou em primeiro lugar no Prêmio Asma Brasil. O concurso, promovido pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, foi criado este ano.

A professora Luisa Karla de Paula Arruda, do Departamento de Clínica Médica da FMRP, especialista em alergia e uma das coordenadoras do projeto, diz que a idéia é atuar em várias etapas. A primeira consiste no treinamento dos profissionais da rede pública de saúde para atingir, principalmente, pessoas com asma de difícil controle e estabelecer o vínculo delas com o sistema de saúde.

“Nossa proposta é tornar o atendimento, que já existe, mais rápido, com abordagem individual, ambiental, educacional e comunitária da doença”, frisa a médica. A equipe de pesquisadores quer convidar médicos, especialmente clínicos gerais e pediatras, e profissionais da área da saúde da família que atendem pacientes na fase aguda de asma. A idéia é que eles transmitam seus conhecimentos sobre diagnóstico, tratamento e uso de medicamentos da doença.

Espirômetro – Outra sugestão do projeto é criar fluxo de encaminhamento desses pacientes para especialistas em asma (alergista ou pneumologista) da própria rede pública. O objetivo é que os casos graves sejam direcionados à instituição apropriada, como Hospital das Clínicas, em até 30 dias.

O hospital terciário fará a avaliação necessária. “É muito comum alguns casos de asma serem considerados graves e de difícil controle, mas geralmente podem estar associados a outras doenças, como refluxo, sinusite e até ao uso de anti-hipertensivos. Quando se cuida das intercorrências, melhora a asma”, garante a professora Luisa.

Karla adianta que o grupo pretende orientar os pacientes e providenciar espirômetro (aparelho que mede a função pulmonar, essencial ao diagnóstico da asma) para a rede pública de Ribeirão Preto. Ela diz que um dos obstáculos para o sucesso do tratamento é que o paciente não segue à risca a orientação médica: “O paciente precisa entender que o tratamento deve ser diário e que necessita usar a medicação corretamente”. O projeto quer reforçar esses conceitos entre enfermeiros e visitadores domiciliares.

Participam também do projeto os professores Virgínia Paes Leme Ferriani e Pérsio Roxo Júnior, do Departamento de Puericultura e Pediatria da FMRP, e Ana Carla Sousa de Araújo, da Faculdade de Medicina da Unaerp e médica da prefeitura de Ribeirão Preto.

Da Agência Imprensa Oficial