A charmosa passarela metálica da Estação Rio Grande da Serra, na Linha D (Luz – Rio Grande da Serra), construída pelos ingleses da antiga SPR (São Paulo Railway) no final do século XIX, foi restaurada pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Turistas que desembarcam no local rumo à Paranapiacaba costumam utilizar a travessia para tirar fotos da bela paisagem proporcionada pela Serra do Mar e da própria estação, que conserva a arquitetura original.
Todas as peças enferrujadas foram substituídas por similares com as mesmas características das originais, desenvolvidos exclusivamente para a edificação, uma vez que tais itens não são encontrados no mercado. Após a pintura de toda a sua estrutura, antes na cor verde, a passarela voltou a ter a sua cor original – tabaco. Ao todo, a CPTM encomendou a fabricação de 2.000 rebites, utilizados nas passarelas de Rio Grande da Serra, já concluída, e de Ribeirão Pires, em obras.
O cuidado com a manutenção do aspecto original também é percebido nos gradis, refeitos em ambos os lados da passarela. Anteriormente, havia barras de ferro improvisadas, que serviam como guarda-corpo. As novas chapas de ferro na cobertura dos gradis tiveram de ser calandradas (envergadas) na devida angulação.
Construídos em alvenaria, os patamares laterais e o central receberam tratamento estrutural e precisaram ser praticamente refeitos, pois tinham boa parte de suas peças enferrujadas e expostas ao tempo. Os dois travessões em forma de X, embaixo do patamar central, também foram trocados. Embaixo dos degraus de alvenaria, na base dos dois lados da passarela, os apoios em L também passaram por recuperação.
Nos gradis laterais, a CPTM substituiu quatro chapas de segurança, localizadas sobre os cabos da rede aérea de energia. Devido à proximidade com a passarela, a companhia também colocou dois “espaguetes isolantes” em torno dos cabos de sinalização de alta voltagem (13.200 Volts) para evitar riscos de acidentes.
Passarelas de cara nova
Rio Grande da Serra é a primeira, de um total de dez previstas em um programa de reforma das passarelas metálicas das Linhas A (Luz- Francisco Morato), B (Julio Prestes-Itapevi), D (Luz-Rio Grande da Serra) e E (Luz-Guaianazes).
As intervenções envolvem a recuperação e reforço das estruturas, troca de degraus, peças e pintura das travessias de pedestres das seguintes estações: Baltazar Fidelis, Domingos de Moraes, Jandira, Rua do Bucolismo (entre Luz e Brás), Guapituba, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Suzano, Jundiapeba e Brás Cubas. Até a segunda quinzena de fevereiro, deverão ser entregues, completamente recuperadas, as passarelas das estações Ribeirão Pires, Guapituba e Suzano.
Orçadas em R$ 940,6 mil, as obras têm prazo de conclusão para junho de 2008. A empresa Sotobras é a responsável pelos serviços, sob a fiscalização do Departamento de Manutenção de Obras, Edificações e Equipamentos da CPTM.
Da CPTM
