Os adolescentes encaminhados às novas unidades da Fundação Casa tiveram índice de reincidência de 3,21%. O percentual é bem inferior aos 29% de reincidência observados até o ano passado nas unidades da antiga Febem.
“Estes números mostram que o atendimento descentralizado, em que o jovem está próximo de sua família e em sua região, está dando resultados”, diz Berenice Giannella, presidente da Fundação Casa.
Os dados constam de levantamento realizado a partir do atendimento de mais de 1.800 adolescentes pelo novo modelo de descentralização implantado em 2006. Foram avaliadas 16 das novas unidades – as seis inauguradas na primeira semana deste mês ainda não tiveram movimento suficiente de jovens para entrar no cálculo.
Atualmente, o índice de reincidência em todas as unidades da Fundação Casa é de 22% – taxa sete pontos percentuais menor em comparação aos 29% da antiga Febem.
Com um projeto arquitetônico que lembra o de uma escola, as novas unidades têm capacidade máxima para 56 adolescentes – 40 em regime de internação e 16 em internação provisória. “Elas são pequenas em comparação aos grandes complexos, que aos poucos o Governo do Estado planeja desativar”, diz Berenice. “Por isso, a educação dos adolescentes é mais eficiente.”
As unidades são geridas em parceria com a sociedade civil, por meio de convênios firmados com organizações não-governamentais indicadas pelos municípios onde as casas são implantadas. Pela parceria, as ONGs dão o atendimento técnico e educacional aos jovens. À Fundação Casa, cabe a segurança dos adolescentes e a direção da unidade.
“Como a ONG é da comunidade e conhece os problemas do município e da região, o trabalho de atendimento é mais bem direcionado”, afirma a presidente. “Até agora, não tivemos nenhuma rebelião nestas novas unidades.”
Da Assessoria de Imprensa da Fundação Casa
(R.A.)