A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) investirá R$ 277 milhões nas obras da terceira fase do Projeto Tietê para parte da zona Sul de São Paulo e para os municípios de Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, São Bernardo do Campo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Deste total, R$ 203 milhões previstos na terceira fase do Projeto Tietê e o restante oriundo de outras fontes de financiamento.
Na zona sul de São Paulo e nestes seis municípios serão construídas 26 estações elevatórias de esgoto, 220 km de coletores-tronco, redes coletoras de esgoto e interligações e execução de seis mil novas ligações de esgotos. Estas intervenções beneficiarão cerca de 25 mil pessoas.
Municípios da Grande São Paulo
Em São Bernardo do Campo, nos bairros Riacho Grande e Capelinha, serão implantados 40 km de redes coletoras, coletores e emissários de recalque, 16 estações elevatórias de esgoto e 1.915 ligações domiciliares, totalizando investimentos de R$ 20 milhões. Mais de dez mil pessoas serão beneficiadas diretamente com a coleta de esgotos, que seguirá integralmente para tratamento. Também serão implantados 59 km de coletores-tronco com interligações que seguirão através do interceptor Meninos à Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) ABC. O total destes investimentos é de R$ 142 milhões.
No município de Ribeirão Pires – bairros Jardim Santista, Jardim Nossa Senhora de Fátima, Vila Lusitano e Jardim Aprazível – serão assentados 17 km de coletores-tronco e redes coletoras e 540 ligações domiciliares, totalizando investimentos de R$ 9,4 milhões. Cerca de 2.200 habitantes serão beneficiados com tratamento de esgoto na ETE Suzano.
Em Rio Grande da Serra, serão construídos 2,3 km coletores e emissário de recalque, totalizando investimentos de R$ 1,4 milhão. Estas obras propiciarão a desativação da Estação de Tratamento de Esgoto local e o encaminhamento de todo o esgoto coletado para tratamento na ETE ABC.
Itapecerica da Serra contará com 11 km de redes coletoras e coletores, duas estações elevatórias de esgotos, com investimentos de R$ 4,4 milhões beneficiando o Centro de Detenção Provisória e os bairros Potuverá e Vila União. Os esgotos seguirão para tratamento na ETE Barueri.
Em Embu Guaçu, serão construídos 6,5 km de coletores e redes, totalizando investimentos de R$ 2,1 milhões, com benefícios ao bairro Itararé e Mombaça. Os esgotos seguirão para tratamento na ETE Barueri.
Em Embu, serão construídos 5,8 km de coletor-tronco Pirajuçara e 1,2 km de interligações que seguirão para tratamento na ETE Barueri. Os investimentos são da ordem de R$ 9,7 milhões.
Zona sul da Capital
Em São Paulo, nos bairros da Bacia Guarapiranga (Jardim Almeida, Jardim São Francisco, Jardim Papai Noel, Jardim São Norberto, Jardim Progresso, Parque Aruã, Chácara São Silvestre) e da Bacia Billings (Jardim Graúna, Jardim Santa Fé , Jardim Santa Terezinha e Jardim Colônia) serão construídas oito estações elevatórias de esgoto e implantados 53 km de redes coletoras, coletores e emissários de recalque. Com investimentos de R$ 29 milhões e 3.100 ligações domiciliares de esgoto, mais de 12 mil pessoas dessas localidades serão beneficiadas diretamente com a coleta de esgotos, que seguirão para tratamento na ETE Barueri.
Além disso, em São Paulo, na bacia do Pinheiros serão implantados 24 km de coletores-tronco com interligações que seguirão, através do interceptor Pinheiros (IPi-6), à ETE Barueri. O total de investimentos é de R$ 47 milhões.
BID
No início de setembro, a Sabesp assinou, em Washington (Estados Unidos), o empréstimo de US$ 600 milhões com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para a terceira etapa do Projeto Tietê. O acordo prevê contrapartida da companhia de US$ 200 milhões e mais US$ 255 milhões de outras fontes, totalizando US$ 1,05 bilhão em investimentos.
O contrato permite que a Sabesp dê continuidade à ampliação da coleta e tratamento de esgoto na Região Metropolitana de São Paulo. Nessa fase, mais de 1,5 milhão de pessoas serão beneficiadas com a coleta de esgoto e outras três milhões terão seu esgoto tratado. Serão construídos 580 km de coletores-tronco e interceptores, 1.250 km de redes coletoras e feitas cerca de 200 mil novas ligações domiciliares. A capacidade de tratamento das estações também será ampliada em 7,4 mil litros por segundo, o que significa um aumento de 41%.
Até 2015, o Projeto Tietê prevê ampliar os índices de coleta de esgoto da Região Metropolitana de 84% para 87%, e os de tratamento desse esgoto coletado, dos atuais 70% para 84%.
Primeira e segunda fases do Projeto Tietê
Até hoje, a Sabesp já investiu US$ 1,6 bilhão no Projeto Tietê, montante distribuído em duas fases. Na primeira delas, que durou de 1992 até 1998, priorizou-se a construção de ETEs e a ampliação do sistema de coleta e afastamento de esgoto, com investimento total de US$ 1,1 bilhão. Nesse período, o índice de coleta de esgoto passou de 70% para 80%, e o de tratamento, de 24% para 62%.
Na segunda fase, de 2000 a 2008, o objetivo foi ampliar e otimizar o sistema de coleta e transporte, para utilização plena da capacidade instalada de tratamento de esgoto. Nessa etapa, o volume aplicado foi de US$ 500 milhões e o índice de coleta de esgoto passou de 80% para 84%, enquanto o de tratamento, de 62% para 70%.
Da Sabesp
