Região Metropolitana é responsável por mais da metade do PIB estadual

Estudo da Fundação Seade revela processo de concentração da atividade industrial no Estado SP

ter, 30/12/2008 - 11h23 | Do Portal do Governo

A Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), consolidou os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo de 2006. O estudo revela intenso grau de concentração das atividades econômicas no Estado. Sozinha, a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) corresponde a mais da metade do PIB total, com desempenho de 56%.

A capital é responsável por mais de 35% da riqueza produzida, metade dela se concentra em apenas sete municípios, enquanto 75% em 41 dos 365 de São Paulo. Os sete municípios responsáveis por 50% do PIB localizam-se num raio de menos de 100 quilômetros da capital. Cinco deles pertencem à RMSP – São Paulo, Guarulhos, Barueri, São Bernardo do Campo e Osasco –, e Campinas e Santos, no seu entorno.

A economia se reflete na concentração da atividade industrial no Estado (esses municípios respondem por cerca de 40% do valor adicionado (VA) da indústria paulista e, conseqüentemente, da atividade de serviços que a acompanha. Aproximadamente 55% do VA de serviços foram gerados nesses municípios.

Ainda no entorno da capital, delimitando extensa área de grande desenvolvimento, outras regiões administrativas paulistas têm bom desempenho. Entre elas, a de maior destaque é Campinas, com 15,4%, seguida por São José dos Campos (5,2%), Sorocaba (4,7%) e Santos (3,8%).

Em conjunto, as cinco regiões respondem pela geração de mais de 85,2% do PIB paulista. Formam ainda um cenário de ligeiro aumento de concentração da atividade econômica, uma vez que em 2002 representavam 84,6% do PIB paulista.

As regiões de Ribeirão Preto e São José do Rio Preto têm posição de destaque no interior. A agropecuária, certos segmentos industriais, principalmente a agroindústria, e algumas atividades terciárias conferem a elas perfil econômico próprio, que garante a contribuição conjunta com mais de 5% do PIB estadual.

No outro extremo da classificação, não houve mudanças substanciais com relação a anos anteriores. Entre os cinco municípios com menores PIBs em São Paulo, em 2005 e 2006, permanecem os de Pracinha, Nova Guataporanga, Torre de Pedra e Guarani d’Oeste, que passam a ser acompanhados por Balbinos, em substituição a Ribeira. A principal característica dessas localidades é a grande participação dos serviços na formação de seus respectivos PIBs, sobretudo da administração pública.

Liderança econômica – Nesse ano, o PIB paulista cresceu 4% em termos reais e passou a corresponder a R$ 802 bilhões, em valores correntes de 2006. Com isso, repetiu os mesmos 33,9% de participação no PIB nacional registrados em 2005, pois esse também aumentou 4%, atingindo R$ 2,36 trilhões. Em relação às respectivas populações, a riqueza per capita de São Paulo em 2006 foi de R$ 19.548, diante dos R$ 12.688 verificados para o conjunto do País. A composição setorial da economia paulista manteve a tendência de ampliação do peso do setor de serviços – que passou de 54,3% do valor adicionado bruto do Estado em 2005, para 55,3%, no ano em análise. A participação da indústria variou de 31,7% para 30,2%. O comércio e a agropecuária ampliaram ligeiramente suas participações relativas, chegando a 12,4% e 2,1%, respectivamente, do VA do Estado.

Em cada setor de atividade em relação a seus respectivos totais nacionais, São Paulo também teve a posição de liderança econômica do País confirmada em 2006. Respondeu por 43,3% da indústria de transformação brasileira, por 50,4% dos serviços de intermediação financeira e por 47,5% dos serviços prestados às empresas. Em outros oito setores, o Estado foi responsável por pelo menos um terço do valor adicionado no total do País.

Serviço

Mais informações, acesse o relatório no endereço eletrônico www.seade.gov.br/produtos/pibmun/pdfs/PIBMunicipal_2006.pdf

Distribuição do PIB Paulista – 2006

56,1% – Região metropolitana de São Paulo
15,4% – Região administrativa de Campinas
5,2% – Região administrativa de São José dos Campos
23,3% – Outras regiões do Estado

Da Fundação Seade