Região de Piracicaba tem redução de crimes contra o patrimônio

Roubos de carga caem 15,22%, roubos em geral 13,53% e furtos 7,25%

seg, 01/11/2010 - 18h00 | Do Portal do Governo

Nas cidades da região de Piracicaba, o número de crimes contra o patrimônio caiu no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os roubos recuaram 13,53%, redução de 401 casos. Os furtos diminuíram 7,25%, com 626 casos a menos.

As novidades constam das Estatísticas da Criminalidade do terceiro trimestre de 2010, divulgadas pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (CAP).

Também tiveram redução os latrocínios e os roubos de carga. Estes caíram 15,22%, de 46 para 39 casos. Já os latrocínios tiveram redução de quatro para apenas um caso. Os roubos a banco se mantiveram em somente um único caso.

O policiamento ficou mais eficiente. Houve aumento de 16,41% das ocorrências de tráfico de drogas, de 640 para 745. Elas são consideradas um indicador de produtividade policial, pois dependem totalmente da ação policial.

No ano, queda dos crimes contra o patrimônio

As Estatísticas da Criminalidade do 3º trimestre de 2010 consolidaram a queda da maioria dos crimes contra o patrimônio. Houve 1.675 roubos a menos, redução de 17,27% em relação ao ano passado. Os roubos de veículo tiveram queda de 2,96%, com menos 73 casos.

Foram 1.793 furtos a menos, queda de 6,88%. O furto de veículos recuou 6,42%. Em números absolutos foram 373 casos a menos que no ano anterior. O mais temido pela população, o roubo seguido de morte, caiu 11% casos, em relação ao mesmo período do ano passado.

Desde o ano 2000, roubos e furtos de veículos caíram 25% no Estado, em números absolutos. Neste período, a frota estadual cresceu de 12 milhões para mais de 20 milhões de veículos. A redução da taxa de risco de furto e roubo de veículos no Estado já supera 58%.

As taxas de roubos e furtos de veículos, medidas em relação ao tamanho da frota estadual, também voltaram a cair. O número de veículos roubados caiu de 89 para 84 por 100 mil/ano. Já a quantidade de veículos furtados diminuiu ligeiramente de 135 para 133 por 100 mil/ano.

Considerado um indicador de atividade policial, o número de ocorrências de tráfico de drogas aumentou 25,13%. Foram 429 casos a mais que nos nove primeiros meses de 2009.

Nova legislação de estupro

A mudança na conceituação do estupro, que passou a incluir os “atos libidinosos” e “atentados violentos ao pudor” na Lei Federal 12.015, teve grande repercussão nas estatísticas criminais do Estado. Com a nova legislação, o número de estupros cresceu 61,60% no terceiro trimestre de 2010 na região de Piracicaba, em comparação ao mesmo período de 2009, de 76 para 166 casos. A mudança de patamar era esperada pela CAP. Não significa que o número de registros de “conjunções carnais mediante violência ou grave ameaça” tenha, de fato, aumentado, apenas que passou a incluir crimes que tinham outra capitulação.

Queda do número de homicícios no estado

O número de homicídios na região de Piracicaba recuou 2,11% no acumulado dos primeiros nove meses do ano, com quatro casos a menos. A redução da violência colaborou para que a quantidade de assassinatos no Estado ficasse abaixo de 10 por grupo de 100 mil habitantes durante um trimestre. De julho a setembro, a média de mortes intencionais em São Paulo ficou em 8,86 por 100 mil habitantes. O número absoluto de assassinatos caiu de 1.078 para 937, na comparação entre o terceiro trimestre de 2009 e o de 2010. A taxa de homicídios acumulada em 2010 já é a menor da história, com 10,17 mortes intencionais/100 mil habitantes.

A redução recorde dos homicídios em São Paulo tem uma tradução em vidas poupadas: 50.941 pessoas deixaram de morrer no Estado, desde 1999, por conta da redução dos padrões de violência. Na capital, foram 26.054 as vidas poupadas. A maior parte desse contingente escapou da morte em período recente. Desde 2007, foram 30.992 as vidas poupadas no Estado e 15.350 na capital.

De junho a setembro, os homicídios caíram 13,08% no Estado. O total de homicídios registrados no período foi o menor desde junho de 1995, quando o Estado passou a divulgar trimestralmente os indicadores de criminalidade. Os três meses apresentaram taxas de homicídios abaixo de 10/100 mil: 8,7/100 mil em julho, 9,4/100 mil em agosto e 8,4/100 mil em setembro. Em junho, também foi registrada a taxa de 8,4 homicídios/100 mil em junho, ampliando a tendência de redução das mortes intencionais. A diminuição recorde de homicídios foi alcançada tanto no Estado, como na capital e na Grande São Paulo, cinturão de 38 municípios que envolve a maior cidade do país e quarta maior do planeta.

A taxa de homicídios acumulada em 2010 é de 10,17 mortes intencionais por grupo de 100 mil habitantes/ano. Nos nove primeiros meses do ano, foram registrados 180 homicídios dolosos a menos no Estado: 3.215 este ano, contra 3.395 no mesmo período de 2009. 

Isoladamente, o mês de setembro igualou a menor marca da histórica recente: 8,4 homicídios/100 mil habitantes. Houve 296 mortes intencionais, uma redução de 19% em relação mesmo mês em 2009. Em junho de 2010, também foram registrados 296 homicídios dolosos, com taxa de 8,4 mortes intencionais por grupo de 100 mil habitantes.

Desde 2008, São Paulo registra taxas de homicídios na casa de 10 por 100 mil habitantes/ano, equivalente às dos países desenvolvidos. Foram 10,7 mortes intencionais por 100 mil habitantes/ano, em 2008, e 10,9/100 mil/ano, em 2009. O número de homicídios dolosos voltou a ser menor que o de homicídios culposos, como acontece em países plenamente desenvolvidos.

A redução dos homicídios no Estado resulta da retirada de armas ilegais das ruas, do encarceramento de criminosos, da melhoria na gestão policial e dos contínuos investimentos em tecnologia da informação na área de segurança pública.

Este ano, os sistemas inteligentes Registro Digital de Ocorrências (RDO) e Informações Criminais (Infocrim) chegaram a 99% dos municípios de São Paulo. O sistema de radiocomunicação digital equipa as novas viaturas e é utilizado por policiais das maiores cidades de todas as regiões do Estado.

Da Secretaria da Segurança Pública