Reeducandas se formam nos cursos do Fundo Social de São Paulo

Internas participaram de uma cerimônia de formatura na unidade prisional após conteúdos nas áreas de moda e beleza

ter, 16/04/2019 - 10h31 | Do Portal do Governo

Internas da Penitenciária Feminina II de Tremembé acabam de conquistar um diploma de qualificação profissional. As reeducandas participaram dos cursos do Fundo Social de São Paulo (Fussp) nas áreas de beleza e moda.

Ao todo, foram disponibilizadas 105 vagas às detentas dos regimes fechado e semiaberto para capacitação em Maquiagem, Manicure e Pedicure, Assistente de Cabeleireiro, Bordados em Pedraria e Especialização em Pontos. Os cursos têm carga horária de 17, 40 e 70 horas.

“Com a parceria, conseguimos adaptar espaços para as aulas, com equipamentos e materiais para garantir a imersão total no aprendizado”, explica Daiane Roberta Fernandes de Souza, diretora do Centro de Trabalho e Educação do presídio.

Durante a cerimônia, as representantes de cada turma receberam agradecimentos especiais das autoridades presentes, além dos certificados de conclusão. Para a Primeira-Dama, Bia Doria, essa é mais uma chance de se reintegrar à sociedade. “Vocês vão sair daqui com uma vida nova. Nosso País precisa superar as desigualdades sociais”, disse às formandas.

Currículo

A presa Edrina representou as alunas do curso de Manicure e Pedicure e afirmou que, com uma nova competência no currículo, terá mais segurança para seguir seu caminho em liberdade. “Posso trabalhar com mais independência, até mesmo como autônoma”, acredita.

A detenta, de 44 anos, conta que se emocionou com a reação dos filhos, quando descobriram que havia participado do projeto. “Eles não acreditaram, porque sou muito estabanada”, brinca. “Quando vieram me visitar e mostrei meu trabalho, eles ficaram muito orgulhosos”, disse.

Para o secretário da Administração Penitenciária (SAP), coronel Nivaldo Cesar Restivo, ações desse perfil refletem a aposta da pasta de ressocialização por meio da capacitação para o mercado. “O Governo faz mais do que custodiar o apenado, nós trabalhamos para oferecer oportunidades para que essas pessoas gerem renda, não reincidam em crimes e não se tornem moradoras habituadas aos presídios”, afirmou.