A operação de recapeamento das Marginais Tietê e Pinheiros foi dividia em duas etapas. A primeira delas, concluída em setembro do ano passado, compreendeu 15,2 quilômetros e recebeu 28,9 milhões de reais do Tesouro do Estado. A segunda fase da obra, entregue hoje, recebeu R$ 73,7 milhões e perfaz um trajeto de 61,2 quilômetros. Os gastos totalizam 102,6 milhões de reais.
O recapeamento proporcionou aumento de 30% na velocidade operacional da Marginal Tietê, que passou de 30 para 40 quilômetros por hora. O congestionamento também diminuiu significativamente: o pico de trânsito difícil no sentido Ayrton Senna, que antes se estendia até as 21h30, agora não passa das 20h30.
A capacidade de tráfego na Marginal Pinheiros foi incrementada em até 25%, especialmente no trecho após a Avenida Jornalista Roberto Marinho, com a inclusão de mais uma faixa de rolamento. A ponte nova do Morumbi também ganhou faixa de acesso extra, aumentando em 50% a capacidade de tráfego na região.
As pistas de rolamento das marginais apresentavam desgaste de pavimento como trincas de grande magnitude, ondulações, depressões e buracos. O projeto de recuperação incluiu serviços de fresagem e aplicação de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a Quente) e de polímero.
“Este e o melhor tipo de pavimento que existe no mundo”, destacou o diretor de engenharia da Dersa, José Carlos Karabolad. O trabalho foi realizado durante a noite, o que permitiu que o trânsito fluísse normalmente durante o dia. Setenta profissionais atuaram nos nove lotes das 23 às 5h da manhã. O reflexo, segundo Karabolad, é imediato, uma vez que a quantidade de carros com avarias diminui significativamente (cerca de 30%). Bom para os motoristas, que se livram de congestionamentos; bom para os proprietários de veículos, que economizam com manutenção.
Manoel Schlindwein
