Recadastramento origina metas para gestão dos servidores

Entre os objetivos está a oportunidade de todos concluir o ensino fundamental

qui, 25/10/2007 - 10h00 | Do Portal do Governo

Entender o perfil do funcionalismo, adaptá-lo às necessidades atuais e planejar o futuro da gestão são objetivos que motivaram o recadastramento dos servidores civis e militares da ativa do Estado. Realizado entre fevereiro e maio pelas secretarias de Gestão Pública e da Fazenda, embasou a criação de oito medidas a serem adotadas, na gestão do setor.

“Elas definem o roteiro a ser seguido para ampliar a eficiência dos serviços prestados pelo Estado”, explica o assessor técnico de gabinete da Secretaria de Gestão Pública, Mário Porto. Foram elaboradas com base em dados revelados pelo recadastramento, como o de que mais da metade dos funcionários da administração pública paulista (55,4 %) tem formação superior completa (ver boxe). “A atualização do cadastro permite novas perspectivas. Temos, por exemplo, essa boa notícia que demonstra que os servidores são qualificados. Contudo, ao mesmo tempo, por constatarmos que há ainda uma pequena parcela de pessoas sem o ensino fundamental, ficou evidente que atendê-los é uma das prioridades”, afirma.

Organizado por técnicos da Secretaria de Gestão a partir da análise do perfil de cada um dos 612 mil funcionários públicos, o roteiro determina a promoção de um programa para dar oportunidade a todos de concluir o ensino fundamental. Está definido também que, a partir de 2008, o recadastramento será anual, bem como o planejamento da força de trabalho, com vistas ao aprimoramento da alocação dos funcionários para atender às demandas.

Além disso, integram o documento a necessidade da institucionalização de cadastro único dos servidores, para padronizar as informações de todas as unidades de recursos humanos do Estado; a criação de um banco de dados de competências, para manter disponível e atualizado o registro das características da formação de todos os servidores; e o planejamento de cursos de formação, de acordo com as novas necessidades. “O Estado está assumindo novas funções, muitas indelegáveis, como as atividades de regulação. Há a necessidade de criação de novos quadros, com novos perfis”, explica o secretário de Gestão Pública, Sidney Beraldo.

Por fim, estão previstas a expansão das políticas de qualidade de vida no trabalho, já desenvolvidas, e a criação de um cadastro com informações referentes às contas-salário. A idéia é que os dados fiquem mais acessíveis para os estudos referentes à concessão de aposentadorias.