A Secretaria Estadual da Saúde criou um projeto inédito de inclusão racial entre os servidores e usuários dos serviços de saúde. O objetivo é fazer com que o profissional avalie sua própria condição racial, discuta o tema com os colegas e avalie, a partir desta constatação, a melhora no atendimento dos pacientes do ponto de vista do quesito raça/cor.
Para tanto, a secretaria realizará cursos e oficinas lúdicas aos servidores no próprio local de trabalho, para facilitar o acesso dos profissionais ao treinamento,
Os hospitais infantis Darcy Vargas e Cândido Fontoura e o Hospital Geral de São Mateus foram os primeiros a receber as oficinas por meio de um projeto piloto criado pela Saúde em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura. Neste processo, além da discussão de temas inerentes a questão racial, foram realizadas oficinas culturais com apresentação de tambores e danças brasileiras.
“Toda a experiência adquirida com essas oficinas nos hospitais possibilitou que o projeto seja ampliado. A idéia é que levemos essas discussões para todo o Estado”, explica o coordenador técnico da área de Saúde da População Negra, Luis Eduardo Batista.
Debate nos hospitais
Nos próximos dias 19 e 20 de junho no Hospital Mandaqui acontece a oficina “Semente que veio da África”. A ação pretende sensibilizar os profissionais de saúde para a literatura oral, a diversidade étnico-racial, expressão artística, jogos lógico-matemáticos, botânica, religiosidade, filosofia, ética, música e medicina física e mental, tendo como ponto de partida uma planta africana, o BAOBÁ. Um conjunto de contos discute os processos de formação de identidade, auto-estima e respeito às diferenças.
A oficina oferece 40 vagas e está aberta para todos os profissionais de saúde do Conjunto Hospitalar do Mandaqui. A unidade está localizada na av. Voluntários da Pátria, 4.301, Zona Norte da capital.
Da Secretaria da Saúde
(M.C.)
