“Quando tem campeonato eu treino muito e preciso fazer minha trança da sorte”

Mikaelle, 8 anos Eu entrei no karatê quando tinha 5 anos. Daí, eu fui aprendendo os golpes, fui aprendendo as bases… Na verdade, tive sorte de entrar no karatê porque […]

ter, 11/10/2016 - 14h19 | Do Portal do Governo

Mikaelle, 8 anos

Eu entrei no karatê quando tinha 5 anos. Daí, eu fui aprendendo os golpes, fui aprendendo as bases… Na verdade, tive sorte de entrar no karatê porque foi ótimo pra minha saúde. Antes de fazer o karatê, só ia pra escola. Agora, vou segunda, quarta e sexta no karatê, e às vezes vou aos sábados também. Nos dias que não tem aula, vou de manhã e à tarde.

Moro com a minha vó desde que nasci, e quando ela está de folga dá para ela me ver. Os outros dias, meu tio Fernando me leva. Foi ele que me ensinou a ler quando eu tinha 5 anos.

Quando tem campeonato eu fico ansiosa. Preciso treinar muito e também tem que fazer a minha trança da sorte, sabia? Minhas trancinhas são da sorte. Gosto quando minha avó faz bastante no meu cabelo! Percebi que as trancinhas me davam sorte no segundo campeonato, porque no primeiro não fui de trança e perdi.

A gente viaja quando tem campeonato. Já fui pra Praia Grande, Guarujá, Indaiatuba, Piracicaba e pro Ibirapuera. Nunca tinha viajado tanto assim. É legal porque a gente conhece pessoas de outros lugares.

Acho que o karatê melhora o dia-a-dia das crianças. Assim, elas não ficam paradas muito tempo, ocupam a mente e não ficam na rua. Com o karatê, a gente se desenvolve mais.

O que eu quero ser quando crescer? Cardiologista, porque cuida do coração das pessoas!

——————————————————————————————

Mikaelle Zara tem 9 anos de idade. É destaque no Projeto Lutar e Vencer, instituição de fomento ao esporte administrada pela Secretaria de Esporte Lazer e Juventude do Governo do Estado de São Paulo. Abandonada pela mãe, que é usuária de drogas, Mikaelle vive com a avó, um tio e outros três irmãos na Cohab Munck, zona oeste da cidade de São Paulo. Depois de ingressar nas aulas de karatê, melhorou o relacionamento com os colegas e o desempenho escolar. A avó Jacene vê no karatê a chance de seus netos se desenvolverem e se distanciarem do caminho das drogas.

#CriançaSP

Do Portal do Governo do Estado