A Imprensa Oficial do Estado e a Fundação Editora da Unesp convidam para o lançamento da 2ª edição fac-similar do livro Cabrião, nesta quinta-feira, dia 3, às 18 horas, na sede da Academia Paulista de Letras, no Largo do Arouche, 312. O semanário, que circulava aos domingos com oito páginas – sendo quatro de ilustrações litografadas, foi o primeiro jornal brasileiro a usar a caricatura como sátira política. Circulou na província de São Paulo entre 1866 e 1867 e era feito por Ângelo Agostini, Américo de Campos, Antônio Manoel dos Reis e Luís Gama. Esta segunda edição, assim como a primeira, de 1982, também foi organizada por Délio Freire dos Santos. O livro tem 420 páginas e custa R$ 65,00.
O nome Cabrião foi uma homenagem de Agostini a uma personagem que importunava a todos com um riso de galhofa e de deboche, no folhetim ‘Mistérios de Paris’, publicado na França em 1842. O personagem caiu no gosto do povo e, daí em diante, virou sinônimo de quem infernizava a vida dos outros.
Irreverente e mordaz, o jornal não poupava políticos, militares e religiosos. O semanário teve sua circulação interrompida pelo Império ao completar a 51ª edição em razão do humor ferino do jornalista e ilustrador Agostini contra D. Pedro II. Em setembro de 1867, o penúltimo número denunciou uma devassa na tipografia onde o jornal era impresso. A derradeira edição já não contara mais com a presença de Agostini, que se mudara para o Rio de Janeiro.
