Protocolo agroambiental neutraliza emissão do gás carbono produzido na Fórmula Indy

Serão plantadas 14 mil mudas de espécies nativas para neutralizar efeitos da emissão do gás

sáb, 13/03/2010 - 16h00 | Do Portal do Governo

As indústrias paulistas de açúcar, álcool e bioenergia, em parceria com as secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, serão responsáveis pela neutralização do gás carbono produzido durante a prova da Fórmula Indy em São Paulo. A corrida, que acontece neste domingo, 14, deverá emitir 1.982 toneladas de carbono na atmosfera. Para neutralizar os efeitos da emissão do gás carbono, 14 mil mudas de espécies nativas deverão ser plantadas.

Aos órgãos estaduais caberá a supervisão dos plantios, que integrarão o compromisso assumido pelas usinas no Protocolo Agroambiental, assinado em 2007. O protocolo prevê o plantio de 251 mil hectares de árvores nativas de Mata Atlântica no Estado para a recuperação de mata ciliar pelo setor. O número de árvores para neutralizar o evento foi apurado em relatório elaborado para a União da Indústria de Cana de Açúcar (Única) pelo Instituto Totum. A Unica, que representa as usinas de cana-de-açúcar no Estado, também é a fornecedora oficial de combustível durante a temporada 2010 da Fórmula Indy em 16 das 17 provas que serão disputadas pelo mundo.

Protocolo Agroambiental

Lançado em 2007, o Protocolo Agroambiental é um acordo firmado entre as secretarias do Meio Ambiente e de Agricultura e Abastecimento com o setor de açúcar, álcool e energia, no âmbito do projeto Etanol Verde, para a antecipação do fim da queima da palha da cana de açúcar no Estado. Além disso, o setor se comprometeu com a recuperação de 251.375 hectares de mata ciliar, o que representa mais de 40 mil km de rios protegidos.

Na última safra, 2009/2010, o Estado conseguiu superar uma barreira e já tem mais da metade da sua área de cana de açúcar sendo colhida por máquinas e não mais por meio da queima. Uma área de 2,4 milhões de hectares de cana foi colhida mecanicamente, o que significa 55,8% da safra. Com isso, em 2009, deixaram de ser queimados 1,1 milhão de hectares de cana, evitando a emissão de cerca de 3,3 milhões de toneladas de monóxido de carbono.

Da Secretaria do Meio Ambiente