Uma parceria do Centro de Progressão Penitenciária Doutor Edgard Magalhães Noronha com uma empresa privada trouxe bons frutos para a unidade de Tremembé. Há menos de um ano, a unidade tinha problemas de segurança com o matagal de uma área ociosa superior a 50 mil m2 dentro do centro penitenciário. Hoje, o mesmo local ganhou vida nas mãos dos internos.
Cerca de 40 presos plantam, podam, controlam pragas e ensacam mudas no espaço. Os trabalhadores recebem um salário mínimo, ganham um dia de redução da pena para cada três dias trabalhado e em breve terão um curso técnico ministrado pela Universidade de Taubaté. Ao todo, já foram produzidas mais de 1,5 milhão de mudas. Segundo a empresa parceira do centro esse é o maior estoque de plantas nativas brasileiras em viveiro.
Além de todos os benefícios, os internos têm a garantia de que se derem bons resultados serão contratados quando saírem da penitenciária. “O pedido dos presos para trabalharem nessa área é muito grande. A forma como eles se dedicam a isso, acompanham o crescimento até a saída da planta daqui é maravilhosa”, afirma o diretor do Centro de Progressão Penitenciária, Sílvio Ferreira de Camargo Leite.
O projeto deu tão certo que está servindo de inspiração para o Instituto Penal Agrícola de São José do Rio Preto. “Chegar nesse ponto de ganhar o Prêmio Mario Covas, para um funcionário publico, é o reconhecimento do meu trabalho. Daqui para frente eu posso me aposentar sabendo que vou deixar um legado. Não vai acabar por aqui tem muito mais”, orgulha-se Camargo Leite.
A pretensão do diretor agora é dar continuidade a iniciativa usando o esgoto como adubo, o chorume na irrigação da horta e gás para secagem do substrato.
Do Portal do Governo do Estado