Os 34 integrantes da 14ª expedição do Projeto USP, que teve início em 8 de julho em Rondônia, começaram a voltar para Bauru no domingo passado. Desde 2002, a ação itinerante presta atendimento clínico para moradores de zonas rurais e urbanas do Norte do País. Reúne professores, funcionários e alunos de graduação e pós dos cursos de Odontologia e Fonoaudiologia da Faculdade de Odontologia de Bauru. Além do atendimento, a iniciativa visa a capacitar o pessoal da região: enfermeiros, agentes de saúde, professores e técnicos de atendimento odontológico.
A coordenação é da docente Magali de Lourdes Caldana, do Departamento de Fonoaudiologia. Há 18 anos, a USP estruturou em Monte Negro (Rondônia) um centro avançado de pesquisas em doenças tropicais, comuns na região amazônica, o Instituto de Ciências Biomédicas 5 (ICB5). Este centro é coordenado pelo professor Luís Marcelo Aranha Camargo. Presta serviços à população nas áreas odontológica e fonoaudiológica das cidades de Monte Negro, Ariquemes, Machadinho D’Oeste, Santa Luzia D’Oeste, Nova Brasilândia D’Oeste, Tabajara, Demarcação e Calama. Em média, atende anualmente 4 mil pacientes, divididos entre as áreas de fonoaudiologia e odontologia.
Reforma e novas instalações
Nessa expedição, foi realizada verificação de alterações fonoaudiológicas e odontológicas da população. Nas duas últimas idas, foram colocadas próteses dentárias e adaptações de aparelhos auditivos. Na oportunidade, foi também entregue à USP um terreno doado pela prefeitura de Monte Negro. No local, será construída uma clínica de atendimento odontológico e fonoaudiológico para os projetos das próximas expedições.
Outra novidade foi a inauguração de um laboratório de análises clínicas e de um ambulatório médico. Neles, o professor Luís Marcelo trabalhará com alunos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e da Faculdade São Marcos. Além disso, houve reforma na clínica odontológica que tem equipamentos doados pela USP. Em breve será instalado sistema de videoconferência para projetar treinamentos em odontologia preventiva ministrados de Bauru para os agentes locais de saúde.
Essa medida complementará o trabalho hoje realizado com populações da região amazônica. Pretende-se formar profissionais nas diversas áreas de saúde e trocar informações com os colegas da área em tempo real. Este ano, o projeto ganhou o empenho de alunos da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da Universidade do Sagrado Coração.
Marianne Ramalho e Sylvia Miguel
Do Jornal da USP
