Projeto Tietê entra na 3ª fase com quatro obras em andamento

Previsão é ampliar índices de coleta e de tratamento de esgoto da região metropolitana de SP

qua, 18/11/2009 - 17h29 | Do Portal do Governo

Um dos maiores programas de saneamento ambiental do País, o Projeto Tietê acaba de entrar em sua terceira fase, com quatro importantes obras em andamento. Para a execução dos trabalhos dessa etapa, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) aprovou, em outubro, empréstimo de US$ 600 milhões, que terá contrapartida de US$ 200 milhões da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), responsável pelo programa. O total investido nesta fase, que inclui ainda outras fontes de recursos, será de US$ 1,05 bilhão.

Coletar e tratar os esgotos da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), melhorando as condições ambientais e de saúde pública da área, é o propósito do projeto. Nesta terceira fase, que começa agora e vai até 2015, a previsão é ampliar os índices de coleta de esgotos na região de 84% para 87% e os de tratamento desse esgoto coletado, dos atuais 70% para 84%. Hoje, dos 20 milhões de habitantes da RMSP, 16 milhões dispõem de coleta e mais de 11 milhões de coleta e tratamento.

Serão construídos 580 quilômetros de coletores e interceptores, 1.250 quilômetros de redes coletoras, e efetivadas 200 mil ligações domiciliares. As estações de tratamento de esgotos (ETEs) também receberão investimentos, ampliando sua capacidade de tratamento, em média, em 7,4 metros cúbicos por segundo (aumento de quase 40%).

Investimentos

Uma das quatro obras em andamento é a ampliação do coletor-tronco Ipiranga, com 15,5 quilômetros de extensão, que se somarão aos 8 quilômetros já existentes. A finalização dos trabalhos eliminará os lançamentos irregulares de esgoto na região, contribuindo para a despoluição do Rio Tietê. A obra, avaliada em R$ 44 milhões, beneficiará em torno de 270 mil pessoas dos bairros do Ipiranga, Vila Mariana, Saúde, Bosque da Saúde, Cursino, Jabaquara e Americanópolis.

Outro conjunto de obras licitado e em execução refere-se à construção de interceptor e coletores-tronco para impedir que 300 litros de esgoto por segundo sejam despejados nos córregos e rios que deságuam no Tietê. Com recursos de R$ 58,9 milhões, vão beneficiar cerca de 150 mil moradores de Itaquaquecetuba e dos bairros de Itaim Paulista e Vila Virgínia.

A terceira obra em andamento é o interceptor ITI-12, no valor de R$ 27,5 milhões. Cem litros por segundo de esgotos serão encaminhados para a ETE Parque Novo Mundo, tornando melhor a qualidade de vida de 80 mil habitantes dos bairros Parque Ecológico do Tietê, Engenheiro Goulart e Vila Sílvia. Já o coletor São João de Barueri e secundários, de R$ 34 milhões, coletarão cerca de 240 litros por segundo da Bacia do Rio São João, que serão enviados à ETE Barueri, beneficiando, assim, 120 mil moradores dos municípios de Jandira e Itapevi. Os investimentos nessas quatro obras somam quase R$ 165 milhões.

Os municípios contemplados serão Arujá, Barueri, Caieiras, Cajamar, Carapicuiba, Cotia, Embu, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Santana de Parnaíba, Santo André, São Bernardo do Campo, Suzano e Taboão da Serra.

Menos esgotos nos rios

O Projeto Tietê recebeu US$ 1,6 bilhão em investimentos nas duas fases anteriores. Na primeira (1992 a 1998), o montante chegou a US$ 1,1 bilhão. O esgoto coletado na região metropolitana subiu de 70% para 80%, e o de tratamento, de 24% para 62%. O trecho poluído na Bacia do Alto Tietê (que engloba a RMSP) reduziu 120 quilômetros.

Da Agência Imprensa Oficial