Além de revelar seu talento no Guri, Ana Janaina conseguiu do projeto o apoio de que precisava para estudar no exterior: passagem área, ajuda de custo mensal durante dois dos quatro anos em que vai estar na Bulgária e verba para a aquisição de um violino. A ação – explica Alessandra Costa, diretora-executiva do Guri – faz parte de um projeto que organizará a criação de um fundo de bolsas para alunos que derem prosseguimento aos estudos de música e conquistarem vagas em conservatórios no Brasil ou exterior. “O fundo ainda não existe. É projeto que será constituído se a Associação Amigos do projeto Guri conseguir levantar recursos privados”, conta.
O Guri realiza atualmente cerca de 50 mil atendimentos, em 384 pólos. Oferece, gratuitamente, cursos de violino, viola erudita, violoncelo, contrabaixo acústico, violão, cavaquinho, viola caipira, percussão, saxofone, clarinete, flauta, trompete, trombone e canto coral. A administração, que no início estava a cargo da Secretaria de Estado da Cultura, desde 2004 cabe à Associação Amigos do Projeto Guri. São diversos parceiros, patrocinadores e colaboradores, tendo o governo do Estado como o principal mantenedor.
Alessandra ressalta que o projeto não tem como ideal que todas as crianças e adolescentes atendidos se tornem músicos profissionais. Mas a conquista de uma bolsa no exterior “significa a completa consolidação de nossa missão, que é promover a inclusão sociocultural de jovens de 8 a 18 anos por meio do ensino da música e, com isso, a certeza de que nosso projeto consegue ampliar os horizontes deles, trazendo novas perspectivas para suas vidas”.
