Projeto desenvolvido pelo IPT estuda cristalização de materiais orgânicos

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ter, 04/01/2000 - 9h34 | Do Portal do Governo

O açúcar refinado, encontrado em diferentes formatos (cristal,
confeiteiro, simples), o Ácido Cítrico, um dos principais conservantes
de alimentos, e o Ácido Adípico, produto utilizado na fabricação de
naylon, têm um ponto em comum: todos são compostos orgânicos obtidos a
partir de processos de cristalização. Esses processos, apesar de muito
utilizados na indústria, são pouco conhecidos e estudados.
Para aumentar o conhecimento nessa área, o Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), vinculado à Secretaria da Ciência,
Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, em
parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli) e
a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), está pesquisando a
Cristalização de Produtos Orgânicos por Mudança de Meio. O projeto, que
tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(Fapesp), começou em outubro deste ano e tem prazo inicial de três anos.
O coordenador do projeto é o pesquisador Marco Giulietti da
Divisão de Química do IPT (DQ) e professor da UFSCar. Participam como
pesquisadores principais Marcelo Seckler, também da DQ/IPT, e os
professores Cláudio Augusto Oller do Nascimento e Ro-berto Guardani, do
Departamento de Engenharia Química da Poli.
O trabalho segue sete linhas de pesquisa, incluindo o estudo da
cristalização com a adição dos chamados ?não-solventes?, com a mudança
completa do solvente e processo de produção contínua e em batelada, e
formas de otimização do processo global para, por exmplo, se evitar
perdas no processo de fabricação. Os pesquisadores devem estudar, em
particular, o ácido cítrico e o adípico.
A Fapesp está financiando o projeto com cerca de US$ 450 mil
para compra de equipamentos. A aparelhagem inclui granulômetro a laser,
contador de partículas, estações de trabalho e softwares de modelagem
molecular e otimização de processos, entre outros. Além da pesquisa em
laboratório, serão verificadas experiências in loco em empresas como a
Petrobrás e a Rhodia. O recém inaugurado Laboratório de Tecnologia de
Partículas do IPT será o centro principal da execução do projeto.
Ao fim do trabalho, os equipamentos comprados com o auxílio da
Fapesp serão alocados no IPT e parte na Poli. A UFSCar receberá, ao
longo da realização, bolsas para três doutorados, quatro pós-doutorados,
um mestrado e quatro iniciações científicas.