Um projeto desenvolvido por alunos do curso de Biocombustíveis da Faculdade de Tecnologia (Fatec) Piracicaba foi premiado na 10th International Conference on Nuclear Analytical Methods in the Life Sciences (NAMLS 10). Realizado no final de janeiro, em Bangkok (Tailândia), o evento debateu a produção de energias alternativas.
O trabalho de graduação de Elaine Duarte, Luccas de Barros e Pabliane Maciel consistia na análise da viabilidade de fabricação e da toxicidade do biodiesel extraído do pinhão manso – árvore cujo fruto, tóxico, é rico em óleo. O projeto foi premiado na Tailândia pela relevância da pesquisa e pelos métodos utilizados. De acordo com a coordenadora do curso de Biocombustíveis da Fatec Piracicaba, Gisele Bortoleto, convidada para apresentar o projeto na conferência, países como a Índia já utilizam o pinhão manso para fabricação de biodiesel em grande escala.
“Todo o biodiesel fabricado no Brasil hoje, em escala industrial, vem da soja. Como nossa frota de veículos movidos a diesel é muito grande e a exigência pela utilização de combustíveis menos poluentes vai crescer nos próximos anos, a busca por fontes alternativas é urgente”, explica Gisele. Atualmente, a legislação determina a mistura de 5% de biodiesel no óleo diesel comum, proveniente do petróleo. A previsão é de que até 2014, essa porcentagem dobre.
O projeto, orientado pela coordenadora do curso de Agroindústria da Fatec Piracicaba, Marcia Harder, contou com a colaboração de pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena-USP).
Do Centro Paula Souza
