Projeto da USP recebe Prêmio Cidadania Sem Fronteiras

Grupo de alunos, professores e profissionais viajam para uma região carente e prestam assistência à população

seg, 05/10/2009 - 9h00 | Do Portal do Governo

O Projeto Bandeira Científica, da Universidade de São Paulo (USP), foi o grande vencedor do Prêmio Cidadania Sem Fronteiras. O trabalho foi classificado como o melhor projeto na área da saúde e recebeu a maior nota entre os mais de 200 projetos concorrentes, o que valeu o prêmio principal, o Selo Cidadania Sem Fronteiras. 

Concedido pelo Instituto da Cidadania Brasil em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o prêmio elege as melhores práticas de extensão de instituições de ensino superior em oito categorias: comunicação, cultura, direitos humanos e justiça, educação, meio ambiente, saúde, tecnologia, e produção e trabalho. Mais de 100 instituições de ensino concorreram ao prêmio. 

Esta é a primeira versão nacional do Prêmio Cidadania Sem Fronteiras, que está em sua terceira edição – até o ano passado participavam apenas instituições paulistas. 

O projeto 

Criado em 1957, o Projeto Bandeira Científica envolve estudantes de várias unidades da USP e é liderado pela Faculdade de Medicina. Uma vez por ano, um grupo de alunos, professores e profissionais viajam para uma região carente do Brasil, onde durante dez dias prestam assistência à população. Além da Medicina, integram a Bandeira Científica as seguintes áreas: Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Odontologia, Agronomia, Engenharias Ambiental e Civil, e Jornalismo. A proposta do projeto é garantir o desenvolvimento e a melhoria da saúde das regiões atendidas, incluindo não apenas a abordagem das doenças, mas também os aspectos ambientais e sociais a elas relacionados.

Nas últimas 11 expedições, a Bandeira Científica atendeu diretamente cerca de 27 mil pessoas e envolveu 1.000 estudantes da USP, além de 500 alunos de universidades parceiras. Em 2008, o município visitado foi Itaobim, em Minas Gerais. Foram desenvolvidas naquela localidade diversas ações com base em diagnóstico que identificou a demanda reprimida na área da saúde. 

Um dos principais problemas era o grande número de pacientes que aguardava atendimento em diversas especialidades. Para contratar médico, a cidade também tinha que recorrer a um consórcio de saúde, um convênio entre 11 cidades próximas. O envolvimento de adolescentes com violência e drogas foi outro ponto que chamou a atenção dos integrantes da expedição, que promoveram palestras educativas em escolas.

Da USP