Para marcar o início das atividades, estão programadas duas estréias para este ano: inicialmente com um projeto de caráter artístico-pedagógico, que abordará uma história da dança em movimento e, em seguida, com um espetáculo inédito. A primeira deve acontecer em agosto, no interior do Estado. Na capital, a segunda está prevista para novembro. Após as apresentações em São Paulo, a Companhia deverá circular em turnê por algumas cidades do interior paulista e, na seqüência, por outros Estados e exterior.
A ação educativa será outra ênfase da companhia logo de início. Entre outras atividades, estão previstas aulas de demonstração para alunos de escolas públicas e privadas, ensaios abertos em distintas etapas do trabalho e encontros narrativos, com diálogos e palestras. Com o intuito de garantir difusão, memória e registro da arte da dança, será estabelecida parceria com a Fundação Padre Anchieta para a produção de obras de referência. Também serão editadas publicações didáticas e artísticas, para contextualizar as montagens realizadas e seus criadores, além de obras que divulgarão o trabalho da Companhia.
O futuro da dança – O elenco inicial da Companhia contará com 37 bailarinos escolhidos entre 815 inscritos. Há ainda três vagas em aberto, mas, segundo os responsáveis pela seleção, não por falta de qualidade dos candidatos. Elas foram reservadas a possíveis audições futuras, na Europa e nos Estados Unidos, a fim de resgatar bailarinos brasileiros que saíram do País por falta de oportunidade. Já os felizardos que a encontraram por aqui têm idades entre 17 e 33 anos. Estão sendo contratados como bailarinos da categoria 1, com salários de R$ 4.500,00. As posições de bailarino 2 (R$ 6 mil) e 3-solista (R$ 8 mil) serão preenchidas no decorrer das atividades. Foram selecionados também mais quatro artistas, que são suplentes e aspirantes (estagiários).
As iniciativas da Secretaria Estadual de Cultura direcionadas ao setor abrangem ainda a construção de um teatro específico para a atividade e a liberação de recursos para companhias privadas de dança por meio do Programa de Ação Cultural (PAC) do governo do Estado. O investimento total será de R$ 49,6 milhões.
Desse total, R$ 13 milhões serão aplicados na manutenção da instituição de dança oficial no seu primeiro ano de funcionamento e R$ 34 milhões na desapropriação da área da antiga rodoviária, na Luz, prevista para abrigar a sede da Companhia. Há um shopping em funcionamento no local. O restante, R$ 1,4 milhão, vai para os grupos privados (SM).
