Programa Estadual DST/AIDS lança livro em São Paulo

Lançamento do livro acontece nesta terça-feira, dia 23

qui, 18/05/2000 - 18h31 | Do Portal do Governo

Será lançada na próxima terça-feira, dia 23, a publicação ‘Tá difícil de engolir? Experiências de adesão ao tratamento anti-retroviral em São Paulo’, na Faculdade de Saúde Pública, às 18h30, em São Paulo.
O lançamento é uma realização do Núcleo de Estudos para Prevenção da AIDS (Nepaids-USP) em parceria com o Programa Estadual DST/AIDS, a organização de Paulo Roberto Teixeira (CN DST/AIDS), Vera Paiva (IP/USP) e Emi Shimma (CRT DST/AIDS).
Pontuado de depoimentos de pacientes e profissionais que integram equipes multidisciplinares em serviços de HIV/AIDS (CRT DST/AIDS, Instituto Emílio Ribas, Hospital do Servidor Público Estadual, Casa da AIDS, Hospital das Clínicas-SP) e voluntários que atuam em organizações não governamentais (Casa Vida, GIV, Projeto Esperança, Casa de Apoio Brenda Lee), a obra traz à luz acertos, erros, dificuldades, esperanças no que diz respeito à adesão aos anti-retrovirais.
O livro foi produzido com o objetivo de auxiliar, no dia-a-dia, todos os que trabalham com portadores de HIV/AIDS, no âmbito institucional ou comunitário, e contribuir para a promoção da cidadania, no sentido mais amplo, por meio de um atendimento baseado em qualidade, competência e solidariedade. Esperamos, principalmente, que esta publicação venha a ajudar os usuários da terapia ARV a tornar mais fácil seu cotidiano.
Em termos gerais, pode-se observar nos artigos deste livro, que o vínculo entre paciente e o serviço que o assiste é de essencial importância para a adesão ao tratamento. Neste sentido, os serviços precisam estar capacitados e capacitar os profissionais a fim de intervir positivamente na vida do paciente, promover sua cidadania, de acordo com seus valores e condições de saúde. Esta publicação nos faz perceber que não basta fazer um bom diagnóstico e prescrever corretamente o medicamento. É preciso trabalhar com o paciente as questões que o levam a ser ou não aderente.
A aderência aos anti-retrovirais não apenas garante uma sobrevida maior, mas principalmente uma melhor qualidade de vida aos portadores. Graças aos medicamentos, observamos uma redução de 74% no número absoluto de óbitos entre 1996 e 1998 (de 596 para 159), representando uma redução de 50% na taxa de mortalidade para cada 100 pacientes matriculados por ano, no Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS da SES-SP, sede da Coordenação do Programa Estadual de DST/AIDS.