Programa de inclusão aumenta número de alunos da rede pública na USP

No vestibular de 2009, foram aprovados 3.416 alunos do ensino médio público

dom, 13/09/2009 - 19h00 | Do Portal do Governo

O Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) contribuiu para aumentar o número de alunos ingressantes vindos do ensino público de 24% para 30,1% nos últimos três anos. Criado em 2006, o Inclusp reúne um conjunto de iniciativas que visam aumentar o acesso e a permanência do estudante vindo do ensino público na USP.

No vestibular de 2009, foram aprovados 3.416 alunos do ensino médio público – em 2008 foram 2.206. De acordo com estimativas da pró-reitora de Graduação da USP, Selma Garrido Pimenta, sem os bônus oferecidos pelo Inclusp, o número de aprovações cairia para 2.228 em 2008, e 2.193 em 2009.

“Os dados mostram que o programa contribuiu para o número recorde de aprovações entre estudantes de escolas públicas, que chegou a 30,1% neste ano”, ressalta Selma. “O aumento aconteceu mesmo com a queda no total de inscrições para o vestibular da Fuvest, o que permitiu maior inclusão destes alunos na Universidade.” 

Avaliação

Além da inscrição gratuita para o vestibular, por meio do Inclusp o aluno pode obter uma bonificação de até 12% na nota da Fuvest, sendo 3% para quem fez todo o ensino médio em escola pública, até 6% de acordo com os resultados obtidos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e um máximo de 3% pelo desempenho na prova do Programa de Avaliação Seriada da USP (Pasusp). 

Voltado para as escolas públicas estaduais e municipais do Estado, o Pasusp está com inscrições abertas até o dia 15, no site www.usp.br/pasusp. A prova deste ano, com 50 questões, acontece no dia 20 de outubro, em 20 locais na cidade de São Paulo e em 40 cidades do interior. “O número de locais na capital foi aumentado, para facilitar o acesso dos alunos”, diz Selma. “O programa trabalha na contramão de um processo de autoexclusão, divulgando a existência do ensino superior público”, completa.

Atualmente, o Pasusp é voltado apenas para os alunos do terceiro ano do ensino médio. De com a pró-reitora, em 2011 o exame poderá ser feito também por alunos do primeiro e segundo anos. “A mudança dependerá da avaliação dos resultados da prova deste ano para ser implementada”, observa. 

Veja quais foram as escolas que mais aprovaram 

A relação aponta que 18 das mais de 800 escolas com estudantes aprovados colocaram um número superior a 10 alunos na Universidade, nas cidades paulistas de São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos e São José dos Campos. O primeiro da lista é a escola Otoniel Mota, de Ribeirão Preto, com 27 aprovados. 

Na capital, as recordistas são as escolas Professor Andrônico de Mello (Vila Sônia, Zona Oeste), Professor Manoel Ciridião Buarque (Lapa, Zona Oeste) e Rui Bloem (Mirandópolis, Zona Sul), com 19 aprovações cada. As três primeiras escolas da lista estão localizadas no interior de São Paulo, duas em Ribeirão Preto e uma em São Carlos. Ao comentar os números, a pró-reitora apontou que “o fato destas cidades terem uma população menor faz com que haja maior identificação entre alunos e professores, o que pode explicar o número maior de aprovações”. 

De acordo com Selma, a maioria dessas escolas já teve contato com programas da USP. “Isso acontece por meio da formação continuada de professores, dos estágios feitos por alunos de licenciatura e de programas desenvolvidos por museus e centros de divulgação científica, além do projeto A USP e as Profissões, entre outras iniciativas”, conclui.

Da USP