Na manhã desta quinta-feira ,12, alunos da 7ª série da Escola Estadual Major Telmo Coelho Filho, de Osasco, fizeram uma visita monitorada ao museu Estação Pinacoteca. A atividade cultural faz parte de um dos roteiros do programa Usuário do Amanhã, criado pela CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) com o objetivo de conscientizar os jovens usuários sobre o uso correto dos trens e estações, além de indicar as opções de entretenimento por meio do sistema que atende a 22 municípios da região metropolitana de São Paulo.
O passeio começou às 9h30 com o embarque na estação Comendador Sampaio (Linha B). Durante o percurso, a coordenadora do programa, Edivane Coelho Soboslai, apresentou a empresa e mostrou aos futuros usuários como utilizar o transporte ferroviário de maneira segura. Ao desembarcar na estação Júlio Prestes, o grupo conheceu uma das mais antigas unidades da companhia e seguiu para o museu.
Animados com a visita, alunos e professoras comentavam sobre a novidade do passeio: “Muitos nunca tinham vindo à Estação Pinacoteca, estão bastante curiosos. Eu também estou gostando muito” diz a professora de Ciências, Elaine Cristina de Bortoli Souza. Recepcionada pelos monitores Bob Borges e Solange Rocha, a turma de 50 alunos foi dividida em dois grupos a fim de realizarem atividades diferenciadas.
Solange dirigiu sua abordagem para o movimento artístico no Brasil. Em princípio, falou sobre a arte como forma de protesto, citando o período da ditadura militar como exemplo. Fotografias da época, em sua maioria de ativistas políticos, expostas no andar inferior eram mostradas aos estudantes para ilustrar o tema. Em seguida, levou o grupo até uma antiga cela, onde se alojavam presos dos DOPS – Departamento de Ordem Política e Social, órgão repressivo do governo durante o regime, que ocupava as dependências de onde, hoje, se localiza o museu.
Para o aluno, Alef Sandro Fonseca, de 12 anos, entrar na antiga cela provocou uma “sensação de medo”. Enquanto isso, os colegas olhavam admirados o pequeno espaço onde 20 presos eram obrigados a dividir seis camas, segundo a monitora. Algumas imagens de artistas brasileiros, que participaram do movimento por liberdade de expressão, como o cantor Gilberto Gil e o ator Raul Cortez, ficam expostas na cela para ilustração.
Já o grupo formado pelo monitor Bob Borges, analisou as diferenças entre a pintura clássica ou acadêmica e a pintura moderna. Inicialmente, os jovens observaram obras dos pintores clássicos. Para instigá-los, Bob propôs o desafio de comparar essas obras com as expostas na galeria do museu. Para isso, dividiu a turma em grupos menores a fim de analisarem melhor os contrastes.
“O legal de fazer a atividade no museu é o encontro dos grupos após a apresentação. Eles trocam informações e despertam a curiosidade um dos outros para uma próxima visita” diz a coordenadora Edivane. Além disso, os alunos ao final da visita descobrem como os trens podem ser usados para atividades de diversão. “Vou começar a sair mais de trem. Agora já sei como chegar aqui”, conta Murilo Reis Lins, de 12 anos.
Da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos