Profissionais do cinema darão curso para jovens da Fundação Casa

Adolescentes terão a oportunidade de conhecer e de aprender todas as etapas que compõem o processo de produção de um filme

seg, 18/06/2007 - 11h30 | Do Portal do Governo

A partir do próximo mês de setembro, cerca de 100 adolescentes da Fundação Casa, na Baixada Santista, terão a oportunidade de conhecer e de aprender todas as etapas que compõem o processo de produção de um filme. Trata-se do Projeto Querô, uma iniciativa de cunho social, idelizada por profissionais da área cinematográfica, que reúne adolescentes de baixa renda para o ensino de técnicas de produção de cinema e de audiovisual.

A vinda do curso para dentro das unidades foi anunciada, no último dia 14 de junho, pela presidente Berenice Giannella, após uma exibição, em avant première, do filme Querô, uma reportagem maldita – produção que inspirou a criação do projeto e deve entrar no circuito comercial no segundo semestre deste ano. Baseado num texto do dramaturgo Plínio Marcos, o filme conta a estória de um adolescente pobre de Santos que se envolve com o crime e acaba internado numa das unidades da antiga Febem.

Na ocasião, estavam presentes ao evento a produtora do longa-metragem, Débora Ivanov, o diretor do filme, Carlos Cortez, além dos adolescentes que compõem o elenco da trama – entre eles o estreante Maxwell Nascimento, protagonista do filme, que foi escolhido como melhor ator do ano no Festival de Brasília.

A implantação das Oficinas Querô nas unidades da Fundação Casa se dará por meio de um convênio que prevê a aquisição de equipamentos necessários às oficinas e a contratação dos profissionais que atuarão diretamente junto aos adolescentes. A princípio, o curso será implantado nas unidades de São Vicente e do Guarujá, porém a intenção é ampliar a iniciativa para outras unidades da instituição.

“Por meio da produção de filmes, vamos trabalhar os valores de nosso processo pedagógico”, diz Marisa Fortunato, gerente de Arte e Cultura da Fundação Casa. “O uso da arte, em geral, faz com que os adolescentes expressem suas emoções e ampliem o repertório expressivo e a capacidade de compreensão do mundo.”

Animado com a possibilidade de transmitir aos internos da Casa todo o conhecimento adquirido ao longo da carreira profissional, o cineasta Carlos Cortez já faz planos de como será a atuação da equipe do projeto durante as oficinas. “Nossa meta é educar o olhar dos alunos para que eles saibam dar valor a cada um dos componentes de um filme como, por exemplo, o roteiro, a fotografia, a luz, a interpretação etc”.

Para a presidente da Fundação Casa, a parceria com os profissionais do Projeto Querô vai contribuir de forma positiva no trabalho de ressocialização . “Além de ser algo que nos enriquece culturalmente, a arte também estimula muito o exercício da reflexão”, afirma Berenice Giannella.

 Da Assessoria de Imprensa da Fundação Casa

(J.H.)