Procon-SP constata alta de 1,67% na cesta básica durante a segunda semana de agosto

Órgão é vinculado à Secretaria Estadual da Justiça e da Defesa da Cidadania

sex, 11/08/2000 - 10h29 | Do Portal do Governo

Na segunda semana de pesquisa de agosto de 2000, o valor da cesta básica teve alta de 1,67%, segundo a Fundação Procon. O preço médio que no dia 3/8/2000 era R$136,48 passou para R$ 138,76, em 10/8/00.

Esta é a quarta semana consecutiva em que a cesta registra alta, mas ainda assim, os supermercados tentam evitar uma queda no consumo evitando repassar para as prateleiras parcela dos aumentos nos custos de alguns alimentos, que tiveram suas lavouras prejudicadas em função da seca antecipada, e das recentes geadas. Este quadro se reflete em toda a cadeia produtiva, e assim tanto no campo como no atacado alguns aumentos não se sustentam, e a indústria por sua vez represa parte dos reajustes de suas matérias primas, também visando manter sua participação no mercado.

O feijão sofreu redução de produção na segunda safra deste ano agrícola em função dos preços desestimulantes do primeiro semestre e da elevação nos custos, além da quebra atribuída a seca antecipada. A terceira safra de inverno, que é a mais importante nas lavouras paulistas foi bem castigada pelas geadas. Todos estes fatores somados a chegada de uma entressafra antecipada, fez o feijão ser vendido, no atacado, a R$ 75,00 (carioca extra novo) em 26/7, preço este 78% superior ao praticado em 26/4, sendo que no trimestre encerrado hoje, a cesta registra uma variação de apenas 26,14% para o feijão carioquinha. Com o preço ultrapassando excessivamente a marca de R$ 1,00, o feijão é facilmente substituído pela carne de frango, pela carne de segunda e pelo macarrão, fato conhecido pelo empacotadores.

O frango resfriado registra no trimestre uma variação bem acentuada, por conta da redução no alojamento de ave de corte, do aumento no consumo típico de um inverno mais rigoroso, e ainda da elevação no custo devido ao reajuste nos preços do milho. Mas a ave não teve todo o aumento verificado na granja, repassado para o consumidor, pois em 3/5 o quilo vivo era vendido a R$ 0,50 chegando no início de agosto a R$ 1,10, uma alta, portanto, de 120% no trimestre, sendo que nos supermercados a variação verificada foi de 43,86% no trimestre fechado hoje, (base 10/5/2000).