Procon-SP constata alta de 0,62% na variação semanal da cesta básica

nd

sex, 28/07/2000 - 11h27 | Do Portal do Governo

Na quarta semana de pesquisa de julho de 2000, o valor da cesta básica teve ALTA de 0,62%, revela pesquisa diária da Fundação Procon, vinculada à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, em convênio com o Dieese. O preço médio que no dia 20/7/00 era R$133,84 passou para R$ 134,67, em 27/7/00. Por grupo, foram constatadas as seguintes variações: Alimentação 0,79%, Limpeza 0,13% e Higiene Pessoal – 0,14%, ficando a variação acumulada no mês em 1,99% (base 30/6/00) e nos últimos 30 dias em 0,97% (base 27/6/00). No ano, a cesta variou – 3,12% (base 30/12/99), e nos últimos 12 meses 11,53% (base 27/7/99).

No período de 21 a 27/7/2000, os produtos que mais subiram foram:
– Batata: 5,13%
– Frango resfriado inteiro: 4,26%
– Açúcar: 4,19%
– Papel Higiênico fino branco: 2,84%
– Macarrão com ovos: 2,78%

As maiores quedas foram:
– Sabonete: 3,03%
– Carne de 2ª: 2,89%
– Desodorante spray: 2,75%
– Dtergente: 2,56%
– Água sanitária Cândida: 2,30%

Nesta semana os supermercados que tinham os melhores preços da cesta básica foram:

São Paulo: Barateiro – Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília
Centro: Barateiro – Rua das Palmeiras, 187, Santa Cecília
Norte: Ourinhos Box – Cel. Sezefredo Fagundes, 2.698, Jardim Tremembé
Leste: Estrela Azul – Praça Porto Ferreira, 48-A, Vila Guilhermina
Sul: Barateiro – Rua Domingos de Morais, 316, Vila Mariana
Oeste: Castanha – Praça Santa Edwiges, 29, Vila Remédios

Até o presente, os preços da cesta básica não sofreram influências diretas das geadas, pois os aumentos atrelados aos prejuízos sofridos na agropecuária circulam no campo e no atacado mas, ainda não chegaram nas prateleiras. Provavelmente, os primeiros produtos a serem reajustados nos supermercados, por esta adversidade, serão o feijão, o café, o açúcar, a carne bovina e a carne de frango. A recente elevação na cesta, que chegou a R$ 134,14 em 24/7/00, interrompe um longo período de razoável estabilidade iniciado em fevereiro deste ano, mas decorre de outros fatores, como a seca antecipada que afetou intensamente os pastos e várias lavouras (Milho, Feijão, Açúcar, etc.), a especulação de produtores e intermediários, e o aumento nos combustíveis, que interfere nos custos de todos os produtos cotados.

O frango resfriado, que acumula no mês variação de 19,51%, vêm sofrendo seguidas altas em virtude da queda na oferta, resultante da redução na produção praticada por avicultores independentes, desde abril/2000, justamente com o propósito de elevar as cotações da ave. O aumento no preço do Milho, insumo básico da sua produção, vem contribuindo para um aumento no custo da ave, e uma demanda aquecida vem dando sustentação aos preços, permitindo que eles superem os custos, o que não foi possível por um longo período no 1º semestre deste ano.

A batata acumula no mês alta de 13,89% devido, também, a uma queda na oferta neste período de entressafra. Atualmente nosso mercado está sendo abastecido com batata de Minas Gerais e algumas regiões paulistas, apenas. Embora as geadas tenham atingido algumas lavouras, elas interferem pouco nas cotações desde tubérculo que é mais resistente ao frio.