Procon-SP aponta diferenças de até 986,96% em medicamentos genéricos

A recomendação da Fundação é pesquisar em diversos estabelecimentos antes da compra

qui, 19/05/2011 - 10h00 | Do Portal do Governo

Preços de medicamentos genéricos podem variar até 986,96%. Essa foi a maior diferença constatada pela pesquisa de preços de medicamentos da Fundação Procon-SP. A maior diferença de preço encontrada foi no medicamento Diclofenaco Sódico, 50 mg, com 20 comprimidos. O maior preço encontrado foi R$10,00 e o menor, R$ 0,92, o que representa uma diferença de 986,96%, R$ 9,08 em valor absoluto.

Entre os de referência, a maior diferença de preço encontrada foi de 134,90%, no medicamento Amoxil (Amoxicilina), da Glaxosmithkline, 500 mg, com 21 cápsulas. O maior preço foi R$ 49,00 e o menor, R$ 20,86, diferença de R$ 28,14.

Comparando-se os preços médios dos genéricos com os de referência de mesma apresentação, constatou-se que, em média, os medicamentos genéricos são 57,25% mais baratos do que os de referência, o que pode representar uma grande economia ao bolso do consumidor.

Por serem produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos genéricos são, em geral, mais baratos. Mas é bom lembrar que um genérico de um mesmo laboratório também pode apresentar preços diferentes entre as drogarias/farmácias. Logo, é essencial a pesquisa de preços sempre aliada à recomendação e prescrição médica.

Dicas para o consumidor

Drogarias e farmácias devem etiquetar o medicamento com o preço de venda ao consumidor, não podendo ultrapassar o PMC (Preço Máximo ao Consumidor) calculado de acordo com o disposto nas Resoluções nº 1, de 28/02/2011 e de nº 4 de 09/03/2011, da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Em 31 de março, as empresas produtoras de medicamentos foram autorizadas a reajustar os preços dos medicamentos.

Antes de uma criteriosa pesquisa de preço é interessante que o consumidor consulte a lista de PMC dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa ( www.anvisa.gov.vbr) e também nas farmácias e drogarias.

A Anvisa  determina que a venda de antibióticos, deverá ser feita com a apresentação de receita médica em duas vias, com validade de dez dias, a partir da sua emissão, conforme Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 20, de 05 de maio de 2011.

Em 3 de fevereiro, foi lançada a campanha “Saúde não tem preço”, com o objetivo de disponibilizar, gratuitamente, medicamentos indicados para o tratamento de hipertensão e diabetes nas redes de farmácias e drogarias credenciadas no Programa “Aqui tem Farmácia Popular”, as informações sobre o programa e a lista dos medicamentos poderão ser encontradas no site www.saudenaotempreco.com.

Sobre a pesquisa

O levantamento, realizado de 13 a 15 de abril, envolveu 15 drogarias distribuídas pelas 05 regiões do município de São Paulo. Foram pesquisados 52 medicamentos. Foram definidos os seguintes parâmetros para a pesquisa:

*o levantamento, feito pessoalmente, dos preços em farmácia/drogaria (loja física), de médio e grande porte, escolhidas aleatoriamente, distribuídas pelas cinco regiões do município de São Paulo;

*foi pesquisado somente o medicamento de referência e o genérico de menor preço, independente do laboratório, encontrado no estabelecimento no dia da coleta;

*utilização como critério o “preço com desconto máximo para o cliente comum”, independe da exigência de cadastro do consumidor. Entendendo-se como cliente comum aquele que não possui nenhuma condição especial (aposentado, empresas, planos de saúde conveniados, etc.).

Os resultados da pesquisa apontam que vários fatores são determinantes de preço neste segmento do mercado: a aplicação de descontos pode variar de acordo com as condições locais de mercado, rentabilidade da loja, condições comerciais de compra; em algumas drogarias de rede há políticas comerciais diferentes para cada canal de venda (loja física, telefone e site – loja virtual); e há redes que são regidas pelo sistema de franquia, não havendo uma política única de preços entre os franqueados.

Da Fundação Procon-SP