Procon-SP alerta consumidor sobre juros bancários

Segundo pesquisa, as taxas médias apresentam pequena elevação

qua, 17/11/2010 - 20h00 | Do Portal do Governo

Uma pesquisa feita pelo Procon-SP constatou que as taxas médias de juros do cheque especial e empréstimo pessoal apresentaram leve aumento em relação à outubro. O levantamento, feito pela equipe de pesquisa da Fundação em 4 e 5 de novembro, envolveu as seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

No caso do Empréstimo Pessoal, a taxa média dos bancos pesquisados manteve-se em 5,35% a.m. mesmo percentual do mês anterior, em função do arredondamento de casas decimais. A taxa média de outubro foi de 5,3457% a.m. e neste mês foi de 5,3471% a.m., devido à alta da taxa do HSBC.

A única alteração foi promovida pelo HSBC, que elevou a taxa de empréstimo pessoal de 4,81% para 4,82% a.m., o que significa um acréscimo de 0,01 ponto percentual, representando uma variação positiva de 0,21% em relação à taxa de outubro/10.

Já no Cheque Especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,12% a.m., superior a do mês anterior que foi de 9,11% a.m., o que significa um acréscimo de 0,01 ponto percentual.

A única alteração foi promovida pelo Banco do Brasil, que aumentou a taxa do cheque especial de 7,95% para 8,05% a.m., o que significa um acréscimo de 0,10 ponto percentual, representando uma variação positiva de 1,26% em relação à taxa de outubro/10.

Considerando que existe a possibilidade de variação da taxa do empréstimo pessoal em função do prazo do contrato, foi estipulado o período de 12 meses, já que todos os bancos pesquisados trabalham com este prazo. Vale lembrar, também, que os dados coletados referem-se a taxas máximas pré-fixadas para clientes não preferenciais, independente do canal de contratação, sendo que para o cheque especial foi considerado o período de 30 dias.

Neste mês, os bancos pesquisados praticamente não alteraram suas taxas. O aumento inexpressivo das taxas médias reforça mais uma vez a cautela do mercado financeiro, que prefere aguardar os movimentos da política monetária no próximo ano.

Na sétima reunião deste ano (ocorrida nos dias 19 e 20 de outubro), o COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu manter novamente a taxa Selic em 10,75% ao ano. Para analistas do mercado financeiro os juros só voltarão a subir em 2011, mas acreditam que não haverá grande impacto no juro cobrado do consumidor, uma vez que a inadimplência tende a diminuir e a oferta de crédito tende a aumentar.

Apesar da manutenção da taxa básica, o Brasil está no topo do ranking das maiores taxas reais (descontada a inflação) do mundo. Isso contribui para atrair mais dólares e derrubar sua cotação (sobrevalorizando o real), apesar das medidas recentes do governo para taxar investimentos estrangeiros em títulos públicos.

Como as taxas continuam altas, antes de ceder aos apelos de consumo que já começam a surgir com as ofertas que antecedem o Natal, o consumidor deve analisar as diversas alternativas de crédito, priorizando a liquidação de suas dívidas, especialmente nesta época do ano em que as instituições credoras abrem muitas possibilidades de negociação. Neste momento, o empréstimo só é recomendável se for para quitar outros empréstimos/financiamentos cujas taxas sejam maiores.

Da Fundação Procon-SP